Em 2025, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento para o tratamento do Alzheimer em estágio inicial. O Kisunla (donanemabe), desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, representa um avanço significativo na abordagem da doença. Este medicamento é um anticorpo monoclonal que se liga à proteína beta-amiloide, uma substância que forma placas no cérebro dos pacientes com Alzheimer.
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A aprovação do donanemabe no Brasil traz esperança para aqueles que enfrentam os desafios do comprometimento cognitivo leve ou demência leve associados à fase inicial da doença. Este medicamento promete retardar a progressão do Alzheimer, oferecendo uma nova perspectiva para pacientes e profissionais de saúde.
Como o donanemabe atua no tratamento do Alzheimer?
O donanemabe atua ligando-se aos aglomerados de proteína beta-amiloide no cérebro, ajudando a reduzi-los. Estudos clínicos realizados em oito países, envolvendo 1.736 pacientes, demonstraram que o uso do medicamento resultou em uma progressão clínica menor e estatisticamente significativa da doença em comparação com o placebo. A posologia recomendada é de 700 miligramas a cada quatro semanas nas três primeiras doses, seguida por 1.400 miligramas a cada quatro semanas.
O tratamento com donanemabe é administrado por via injetável, uma vez por mês, e é indicado para pacientes em estágio inicial da doença. No entanto, existem contraindicações importantes a serem consideradas, como o uso concomitante de anticoagulantes e a presença do gene da apolipoproteína em pacientes.

Quais são as reações adversas e contraindicações do donanemabe?
Como qualquer medicamento, o donanemabe apresenta algumas reações adversas. As mais comuns estão relacionadas à infusão, incluindo febre, sintomas semelhantes aos da gripe e dores de cabeça. Além disso, o medicamento é contraindicado para pacientes que utilizam anticoagulantes, como a varfarina, ou que foram diagnosticados com angiopatia amiloide cerebral.
É importante que o uso do donanemabe seja feito sob prescrição médica e com acompanhamento rigoroso. A Anvisa informou que monitorará a segurança e a efetividade do medicamento no Brasil, garantindo que os pacientes recebam o tratamento mais adequado.
O futuro do tratamento do Alzheimer com donanemabe
A aprovação do donanemabe representa um marco no tratamento do Alzheimer, mas ainda há desafios a serem superados. A eficácia do medicamento, embora promissora, é considerada limitada por alguns especialistas. No entanto, ele se junta a outros tratamentos aprovados recentemente, como o lecanemabe, oferecendo mais opções para os pacientes.
O Alzheimer é uma doença que evolui de forma lenta e irreversível, com uma sobrevida média de 8 a 10 anos. O tratamento precoce é crucial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e retardar a progressão dos sintomas. Com a introdução de medicamentos como o donanemabe, há esperança de que novos avanços possam ser alcançados no combate a essa doença devastadora.