Colma, uma pequena cidade localizada no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, é conhecida por uma peculiaridade que a distingue de outras cidades: possui mais mortos do que vivos. Com uma população viva de aproximadamente 1.500 habitantes, Colma abriga cerca de 1,5 milhão de mortos em seus inúmeros cemitérios. Esta característica única faz de Colma um lugar de grande interesse histórico e cultural.
A cidade foi fundada em 1924, mas sua história remonta ao final do século XIX. Durante esse período, São Francisco, cidade vizinha a Colma, enfrentou um problema de superlotação em seus cemitérios. Como resultado, a cidade de Colma foi escolhida como o local para realocar os corpos, transformando-se em um verdadeiro necrópole.
Por que Colma tem mais mortos do que vivos?

A razão principal para a alta população de mortos em Colma está relacionada à legislação de São Francisco no início do século XX. Em 1900, São Francisco proibiu novos enterros dentro dos limites da cidade devido à falta de espaço e preocupações sanitárias. Consequentemente, Colma se tornou o destino escolhido para a transferência de restos mortais e a construção de novos cemitérios.
Ao longo dos anos, Colma desenvolveu uma infraestrutura significativa para acomodar os mortos, com mais de 17 cemitérios estabelecidos na cidade. Esses cemitérios abrigam uma variedade de túmulos, desde simples lápides até mausoléus elaborados, pertencentes a pessoas de diferentes origens e status social.
Como a cidade lida com sua identidade única?
Colma abraçou sua identidade única de maneira notável. A cidade é frequentemente referida como “A Cidade dos Silenciosos” ou “A Cidade dos Mortos”. Em vez de ver essa peculiaridade como um estigma, os moradores e autoridades locais celebram sua história e cultura distinta. A cidade possui um museu dedicado a preservar e compartilhar sua rica história funerária.
Além disso, Colma é um destino turístico para aqueles interessados em história e arquitetura funerária. Os visitantes podem explorar os cemitérios, que são verdadeiros museus a céu aberto, e aprender sobre as vidas das pessoas enterradas ali, incluindo figuras históricas e celebridades.
Quais são os impactos econômicos e sociais?
O setor funerário é uma parte significativa da economia de Colma. A presença de tantos cemitérios gera empregos e atrai visitantes, contribuindo para a economia local. Além disso, a cidade mantém uma comunidade unida, onde os residentes vivos compartilham um forte senso de identidade e pertencimento.
Socialmente, Colma oferece uma perspectiva única sobre a vida e a morte. A convivência diária com a morte pode influenciar a maneira como os moradores veem a mortalidade e a memória, promovendo uma atitude mais reflexiva e respeitosa em relação à vida.
O que o futuro reserva para Colma?
À medida que o tempo avança, Colma continua a evoluir enquanto preserva sua herança única. A cidade enfrenta desafios comuns a muitas pequenas comunidades, como a necessidade de diversificar sua economia e atrair novos residentes. No entanto, sua identidade como “A Cidade dos Mortos” permanece um aspecto central de sua cultura e história.
Colma, com sua população predominantemente composta por mortos, oferece uma perspectiva fascinante sobre a relação entre os vivos e os mortos. A cidade serve como um lembrete da importância da memória e do legado, enquanto continua a ser um local de descanso final para muitos.