O Banco Central do Brasil está considerando uma nova regulamentação que pode redefinir o uso do termo “bank” por empresas que não possuem licença bancária formal. Esta proposta, atualmente em consulta pública até maio de 2025, pode afetar significativamente o funcionamento de fintechs como o Nubank, que, apesar de oferecer serviços financeiros, não opera como um banco tradicional.
A principal intenção do Banco Central é evitar que os consumidores sejam confundidos sobre a natureza das instituições financeiras, assegurando que os nomes das empresas reflitam suas regulamentações específicas. Esta mudança busca proteger os consumidores e garantir que suas expectativas estejam alinhadas com os serviços realmente oferecidos.
Impactos da proposta nas fintechs
Se aprovada, a regulamentação obrigará fintechs que utilizam o termo “bank” a reconsiderar suas estratégias de marca. As empresas terão que optar entre obter uma licença bancária formal ou alterar suas identidades de marca. Essa decisão pode resultar em custos significativos e exigir uma reformulação das estratégias de marketing.
Além disso, as fintechs que decidirem não se tornar bancos completos precisarão se adaptar a novas realidades de mercado, ajustando suas operações para continuar competitivas. Isso pode incluir desde mudanças em campanhas publicitárias até a reestruturação interna para atender às novas exigências regulatórias.
Motivações do Banco Central
A proposta do Banco Central visa esclarecer a distinção entre bancos tradicionais e fintechs, que muitas vezes operam sob diferentes regulamentações. A intenção é evitar que os consumidores sejam levados a acreditar que todas as instituições com “bank” no nome oferecem o mesmo nível de segurança e serviços.
Essa medida também busca assegurar que as instituições financeiras comuniquem de forma precisa o escopo de seus serviços, minimizando mal-entendidos sobre os produtos oferecidos. Ao criar um ambiente mais transparente, o Banco Central espera proteger os consumidores e fortalecer a confiança no sistema financeiro.

Estratégias do Nubank frente à nova regulamentação
O Nubank, uma das principais fintechs do Brasil, está avaliando suas opções diante da proposta. Uma alternativa seria obter uma licença bancária completa, o que traria novos desafios regulatórios. Outra possibilidade seria ajustar sua marca para se adequar às novas regras, evitando o uso do termo restrito.
Essa decisão exigirá uma análise cuidadosa dos custos e benefícios, considerando o impacto sobre a base de clientes e a posição de mercado. O Nubank precisará ponderar as implicações legais e financeiras de cada opção para determinar o melhor caminho a seguir.
Próximos passos para as fintechs
Durante o período de consulta pública, as fintechs têm a oportunidade de participar ativamente do processo regulatório, apresentando comentários e sugestões ao Banco Central. Após a conclusão da consulta, caso a medida seja adotada, haverá um período de transição para que as empresas se adaptem às novas normas.
Esse período será crucial para que as fintechs desenvolvam estratégias eficazes, garantindo sua competitividade e reputação no mercado. As empresas precisarão ser ágeis e inovadoras para se ajustar ao novo cenário regulatório, mantendo a confiança dos consumidores e sua posição no mercado financeiro.