A desextinção deixou de ser apenas tema de ficção científica para se tornar uma realidade em avanço. Combinando engenharia genética e biotecnologia de ponta, cientistas estão dando passos surpreendentes rumo ao renascimento de espécies que desapareceram da Terra há milhares de anos. E no centro dessa revolução está a empresa americana Colossal Biosciences, que recentemente anunciou um marco impressionante.
Lobo-terrível renasce após 13 mil anos
Em um feito notável, a Colossal revelou o nascimento de três filhotes de lobo-terrível, uma espécie extinta há cerca de 13 mil anos. Famoso por sua presença marcante na série Game of Thrones, o lobo-terrível é agora símbolo de um projeto ousado que visa ressuscitar criaturas perdidas ao tempo.
Mas esse é apenas o começo. A empresa, fundada em 2021, pretende trazer de volta outras três espécies icônicas:
Quem mais pode voltar à vida?

- Mamute-lanoso: parente do elefante, que habitava as regiões geladas da Era do Gelo.
- Dodô: ave que desapareceu por volta do século XVII, símbolo clássico da extinção.
- Tigre-da-tasmânia: marsupial predador extinto no século XX, também conhecido como tilacino.
A ciência por trás da ressurreição
A desextinção é um processo científico sofisticado, que combina clonagem, edição genética e biologia reprodutiva. A Colossal aposta em diferentes abordagens, dependendo da espécie:
Técnicas utilizadas no processo:
- Mamute-lanoso: inserção de genes do mamute no genoma do elefante-asiático, seu parente mais próximo.
- Dodô: edição genética de pombos modernos, utilizando o genoma sequenciado do dodô.
- Tigre-da-tasmânia: uso de clonagem e células de espécies aparentadas, como o diabo-da-tasmânia.
Esses métodos representam não só a possibilidade de recriar o passado, mas também de aplicar essas descobertas em áreas como medicina e reprodução assistida.
Desafios da desextinção que não podem ser ignorados
Apesar do entusiasmo, o caminho da desextinção levanta importantes questionamentos. Entre as principais preocupações estão a fragilidade genética dos animais recriados e os impactos nos ecossistemas atuais, que podem não estar preparados para a reintrodução dessas espécies.
We see no possible way this could go wrong https://t.co/EQaOH4fJYk
— Jurassic World (@JurassicWorld) April 7, 2025
Além disso, há um debate sobre a alocação de recursos. Críticos argumentam que os investimentos poderiam ser direcionados à conservação de espécies ainda vivas e ameaçadas de extinção, evitando que precisem ser “ressuscitadas” no futuro.
O que vem pela frente?
A Colossal promete continuar surpreendendo ainda nesta década. Segundo o CEO Ben Lamm, as tecnologias desenvolvidas não apenas visam a conservação, mas também podem revolucionar áreas como a biologia reprodutiva humana e animal.
À medida que a ciência avança, a desextinção nos convida a refletir: estamos prontos para conviver novamente com o passado? Ou será que estamos criando um novo capítulo na história da vida na Terra — onde ciência e ética caminham lado a lado?