Em 2025, as taxas de juros dos cartões de crédito continuam a ser um tema de grande relevância para consumidores e instituições financeiras. As variações nas taxas de juros, especialmente no crédito rotativo, têm impacto direto no orçamento das famílias e no comportamento de consumo. No início do ano, a taxa de juros do crédito rotativo subiu de 441% ao ano em janeiro para 450,6% em fevereiro, refletindo a complexidade do cenário econômico atual.
O crédito rotativo é uma linha de crédito pré-aprovada que permite ao consumidor financiar parte de sua fatura de cartão de crédito. Este tipo de crédito inclui também saques realizados na função crédito. Quando o cliente não consegue pagar o valor total da fatura, a dívida é automaticamente financiada pelo banco, resultando em altos custos devido às elevadas taxas de juros.
Como funcionam as taxas de juros do crédito rotativo?

As taxas de juros do crédito rotativo são conhecidas por serem significativamente altas. Em caso de inadimplência, os bancos são obrigados a oferecer ao cliente um parcelamento da dívida ou uma alternativa mais vantajosa para quitar o saldo devedor dentro de 30 dias. Essa medida visa evitar que a dívida se torne insustentável para o consumidor.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu que, para novas operações de crédito rotativo e parcelado realizadas a partir de fevereiro de 2025, os juros não podem exceder 100% do valor original da dívida. Essa regulamentação busca proteger o consumidor de juros abusivos e promover um mercado de crédito mais equilibrado.
Quais são as variações nas taxas de juros do parcelado?
Além do crédito rotativo, as taxas de juros do parcelado também sofreram alterações. Em fevereiro, a taxa do parcelado do cartão de crédito subiu de 174,6% para 181,8%. Essa variação demonstra a volatilidade das condições econômicas e a necessidade de os consumidores estarem atentos às mudanças nas condições de crédito.
O parcelamento é uma opção oferecida pelos bancos para facilitar o pagamento de dívidas de cartão de crédito. Embora as taxas de juros do parcelado sejam geralmente mais baixas do que as do rotativo, ainda representam um custo significativo para o consumidor.
Como as taxas afetam o cheque especial?
O cheque especial, outra forma de crédito frequentemente utilizada pelos consumidores, também apresentou aumento nas taxas de juros. Em fevereiro, a taxa média de juros cobrada foi de 144,4%, um aumento em relação aos 135,8% registrados em janeiro. O cheque especial é uma linha de crédito que permite ao cliente gastar além do saldo disponível em sua conta-corrente, mas a um custo elevado.
Essas variações nas taxas de juros destacam a importância de uma gestão financeira cuidadosa e da busca por alternativas de crédito mais acessíveis. Consumidores devem considerar opções como empréstimos pessoais ou renegociação de dívidas para evitar os altos custos associados ao crédito rotativo e ao cheque especial.
Como proteger-se das altas taxas?
Para evitar o impacto negativo das altas taxas de juros, é fundamental que os consumidores planejem suas finanças com antecedência. Aqui estão algumas dicas para gerenciar melhor o uso do crédito:
- Planejamento Financeiro: Estabelecer um orçamento mensal pode ajudar a controlar gastos e evitar o uso excessivo do crédito rotativo.
- Renegociação de Dívidas: Em caso de dificuldades financeiras, buscar a renegociação das dívidas com o banco pode resultar em condições mais favoráveis.
- Alternativas de Crédito: Considerar opções de crédito com taxas de juros mais baixas, como empréstimos pessoais, pode ser uma solução mais econômica.
Compreender as nuances das taxas de juros do cartão de crédito é essencial para uma gestão financeira eficaz. Ao estar ciente das condições do mercado e das opções disponíveis, os consumidores podem tomar decisões mais informadas e evitar o endividamento excessivo.