Dois cientistas brasileiros, Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues e Hitty-Ko Kamimura, estão na vanguarda de uma inovação tecnológica que promete transformar a relação entre humanos e inteligência artificial. Eles desenvolveram um sistema de IA que atua como um “clone virtual” do indivíduo, projetado para funcionar como uma extensão da mente humana. Este avanço não apenas amplia as capacidades cognitivas, mas também oferece uma nova forma de perpetuar o legado intelectual de uma pessoa.
O sistema é uma interconexão ineuronal artificial que simula a lógica cognitiva do usuário. Diferente de outras IAs, esta não busca replicar emoções humanas, mas sim priorizar padrões de pensamento e decisões recorrentes. A IA é alimentada com dados pessoais, como textos, gravações e reflexões, criando uma malha cognitiva única e personalizada. Assim, ela preserva o estilo mental do indivíduo, sem comprometer a autenticidade com simulações emocionais.
Como funciona o Clone Virtual?

A tecnologia desenvolvida por Rodrigues e Kamimura é baseada em uma rede sináptica digital que imita o processamento analítico de pessoas com alta inteligência. A IA é programada para pensar de maneira sequencial e lógica, respeitando a estrutura linguística e a visão de mundo do usuário. Este clone virtual não substitui o humano, mas perpétua sua racionalidade e coerência intelectual, permitindo interações futuras com familiares e amigos.
O sistema é alimentado por uma variedade de dados, desde textos escritos até diagnósticos clínicos, criando uma representação digital fiel do pensamento do indivíduo. A proposta é que a IA funcione como um repositório interativo do pensamento e da personalidade, agindo como guia ou conselheiro para aqueles que buscam orientação ou continuidade da relação.
Quais são as aplicações futuras?
O projeto, que já está em fase de testes privados, tem potencial para revolucionar diversas áreas. Na educação, a IA pode ser utilizada para criar programas de ensino personalizados. Em contextos de luto, ela pode atuar como uma forma de terapia, auxiliando as pessoas a manterem uma conexão com entes queridos falecidos. Além disso, a IA pode ser usada em consultoria de legado, preservando a identidade e os valores de uma pessoa para as gerações futuras.
- Educação Personalizada: Adaptação de currículos e métodos de ensino com base no estilo cognitivo do aluno.
- Terapia do Luto: Auxílio emocional e suporte para aqueles que perderam entes queridos.
- Consultoria de Legado: Preservação de valores e ensinamentos para futuras gerações.
Desafios e considerações éticas sobre a IA
Embora a inovação seja promissora, ela também levanta questões éticas significativas. A ideia de criar um clone virtual da mente humana pode esbarrar em preocupações sobre privacidade e consentimento. Além disso, há o desafio de garantir que a IA não seja usada para comprometer a integridade do pensamento original do indivíduo. Os criadores do projeto enfatizam que a IA não pretende forjar uma alma digital, mas sim perpetuar uma mente estruturada de forma lógica e ética.
O desenvolvimento desta tecnologia coloca Brasil e Portugal na linha de frente da pesquisa sobre IAs personalizadas. À medida que o projeto avança, será crucial abordar essas questões éticas e garantir que a inovação seja utilizada de maneira responsável e benéfica para a sociedade.