A coleção de inverno 2025 da Dior, sob a direção criativa de Maria Grazia Chiuri, apresenta uma fascinante viagem pela história da moda. Inspirada por referências literárias e estilísticas, a coleção explora as transformações do vestuário ao longo dos séculos, com um foco especial nas eras medievais, elisabetanas e vitorianas. Este desfile marca um momento significativo na moda, com Chiuri trazendo à tona elementos da alta sociedade europeia através de peças icônicas e detalhadas.
O desfile, realizado sem colaborações artísticas externas, levanta especulações sobre o futuro de Chiuri na Dior. No entanto, o foco permanece nas criações apresentadas, que incluem vestidos de renda com modelagem tipo armadura, corsets reinterpretados, casacas e fraques. As saias armadas, por sua vez, oferecem uma versão mais leve e moderna das vistas na alta-costura, enquanto as camisas com babados nas mangas e golas remetem a períodos históricos distintos.
Qual é a influência de “Orlando” e Gianfranco Ferré na coleção?
As camisas e golas destacáveis da coleção foram inspiradas no romance “Orlando“, de Virginia Woolf, que explora a transição de gênero do protagonista ao longo dos séculos. Esta narrativa serve como pano de fundo para as referências à moda masculina de diferentes épocas. Além disso, as camisas têm uma conexão especial com o legado da Dior, evocando o estilo do estilista italiano Gianfranco Ferré, que dirigiu a marca entre 1989 e 1996. Conhecido como o “arquiteto da moda”, Ferré trouxe um toque aristocrático à Dior, que ressurge nesta coleção.
Quais são os elementos nostálgicos presentes na coleção?
A coleção de inverno 2025 da Dior também revisita a camiseta “J’Adore Dior“, popularizada por John Galliano nos anos 2000. Nesta nova versão, a peça é mais comprida e adornada com rendas ou pelúcias em preto e branco, reforçando o tema de nostalgia e revisitação histórica. Este elemento, juntamente com as outras peças da coleção, reflete a tendência atual da moda de revisitar o passado, trazendo à tona memórias e estilos de épocas anteriores.
O que o futuro reserva para a direção criativa da Dior?
Rumores circulam sobre possíveis mudanças na direção criativa da Dior, com especulações de que Maria Grazia Chiuri possa deixar a marca. O grupo LVMH, que detém a Dior, estaria considerando Jonathan Anderson, atualmente na Loewe, como um potencial sucessor. Com o desfile de cruise em Roma previsto para maio, muitos acreditam que este possa ser o último desfile de Chiuri. No entanto, enquanto as especulações continuam, a coleção de inverno 2025 permanece como um testemunho da habilidade de Chiuri em combinar referências históricas com a moda contemporânea.
A coleção de inverno 2025 da Dior é uma celebração da moda através dos tempos, com um olhar nostálgico e detalhado sobre as transformações estilísticas. Embora o futuro da direção criativa da marca seja incerto, esta coleção destaca a capacidade de Maria Grazia Chiuri de capturar a essência da história da moda em suas criações.