Francisley Valdevino da Silva, mais conhecido como o Sheik dos Bitcoins, garantiu que não vai fugir e promete pagar todos os clientes lesados, muito embora seu passaporte não tenha sido apreendido pela Justiça.
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Em entrevista exclusiva ao Globo, o empresário Francis da Silva, como prefere ser chamado, revelou que ofereceu um acordo à Sasha Meneghel e o seu marido, João Figueiredo. Mas, o casal preferiu seguir a orientação dos advogados e processá-lo judicialmente.
Francis é um dos sócios majoritários da Rental Coins, uma empresa que se apresenta como exchange de criptomoedas, que está sendo alvo de um inquérito da Polícia Federal do Paraná que apura supostos crimes contra o sistema financeiro nacional e organização criminosa.
Durante o bate-papo por telefone, ele também deu outras explicações, como a de que a iniciativa de romper a sociedade com Silas Malafaia foi dele e não do pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, pois temia que a exposição pública do sócio afetasse o processo de recuperação do seu grupo empresarial e destacou que não operou com bitcoins na sociedade com o líder religioso.
"Não ofereci aluguel de cripto. Eu o ajudei como sistema. Desenvolvi para ele um sistema. Ele nunca veio aqui para me ver. Não tem mais nada. Eu saí da sociedade. Muitas pessoas batiam no pastor. Então, resolvi sair para não prejudicar a imagem de ambos", declarou.
Malafaia, entretanto, já afirmou ao jornal que, ao tomar conhecimento de burburinhos sobre irregularidades, imediatamente rompeu os negócios que tinha com Francisley na empresa AlvoX Negócios.
O caso ganhou repercursão nacional depois que a filha da apresentadora Xuxa Meneghel e o marido, o cantor gospel, entraram com um processo judicial na 14ª Vara Cível de Curitiba (TJ-PR) contra a Rental Coins, sob alegação de que teriam sido vítimas de um esquema de pirâmide financeira. O casal, briga na Justiça para recuperar um investimento de R$ 1,2 milhão.
Sasha e João também acusam Davi Zocal dos Santos, agente de investimentos da Rental Coins, de "abuso da confiança e da fé religiosa", porque ele os ofereceu o esquema de criptomoedas após terem se conhecido dentro de uma igreja evangélica que frequentam.
"Sasha e João são pessoas maravilhosas. Tentamos três vezes fazer acordo. Fiquei chateado, estranhei a postura. Tivemos amizade pessoal, mas não quero entrar nos detalhes".
Francis da Silva
Mais uma vez, Francis negou irregularidades na atuação da empresa. "Pensam que é pirâmide, que é golpe. As pessoas, desesperadas, acham que perderam o dinheiro. Mas Francis está no Brasil e trabalha intensamente, até sábados e domingos, para normalizar (os pagamentos). Declaro tudo que tenho. Não sonego imposto. Disseram que até tomaram o meu passaporte, mas ele continua comigo", destacou.
O empresário destacou que seus negócios não se baseiam em um esquema de pirâmide financeira, ele afirmou que a captação de novos clientes foi interrompida até que todas as dívidas com os antigos clientes sejam saldadas.
Para ressarcir os clientes, Francis contou que está investindo em outros segmentos, como a oferta de sistemas de blockchain (uma tecnologia para transações digitais). "Me considero o maior desenvolvedor de blockchain do país. Isso vai me recuperar. Meus clientes passam de 30 mil, dos quais de 60% a 70% já receberam de volta. De 20% a 30% é o problema real. Entre fevereiro e março de 2023, a empresa estará 100% redonda", explicou.