Vitória Medeiros
, filha de
Geraldo Martins de Medeiros Júnior
, piloto que transportava a
cantora
e
compositora
Marília Mendonça
e parte da sua equipe para um show em
Caratinga
, interior de
Minas Gerais,
quando o avião caiu, revelou nesta quarta-feira (17/11) que vai processar a
Companhia Energética de Minas Gerais
(
Cemig
).
saiba mais
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"Se tivesse essa sinalização, tudo poderia ser diferente e isso vai ser importante principalmente para proteger a vida de outras pessoas, caso haja uma emergência", afirmou a jovem via
stories
do
Instagram
sobre a tragédia que
matou
o seu pai, a
artista
, o tio dela,
Abicieli Silveira Dias Filho
, o produtor,
Henrique Bahia
, e o co-piloto
Tarciso Pessoa Viana
.
Vale destacar que
Vitória
tem sofrido
ataques virtuais
porque internautas relacionam o
acidente aéreo
a uma atitude do piloto.
Confira, abaixo:
As equipes da
Polícia Civil
finalizaram a perícia no local no dia 6 de novembro, e concluiram que a aeronave colidiu com fios de alta tensão da
Cemig
. A perícia encontrou um cabo enrolado na turbina da aeronave, que se desprendeu durante a queda.
O acidente também está sendo apurado pelo
Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
(
Cenipa
), da
Força Aérea Brasileira
(
FAB
), responsável por esse tipo de investigação no país. Entretanto, a conclusão do inquérito pode levar meses a ser concluída, segundo especialistas.
Sérgio Alonso
, advogado da jovem, é especializado em direito aeronáutico e já atuou em outras causas de acidentes aéreos.
Segundo as informações das colunistas
Ana Karoline Rodrigues
e
Isadora Teixeira
, do jornal
Metrópoles
, para a defesa da família do piloto, a tragédia poderia ter sido evitada se no local existisse sinalização adequada das torres de energia.
"Se essa rede não estivesse lá, ou se ela estivesse sinalizada, o acidente não teria acontecido. O causador do acidente foi a rede não sinalizada", declara o advogado.
Sérgio
afirma que era necessário a existência de sinalização e diz que as esferas laranjas de alerta não estavam posicionadas corretamente para indicar a existência dos cabos e que, sem esse equipamento, o piloto não consegue enxergar a rede de energia elétrica.
O profissional alega que, mesmo fora da zona, a torre deveria estar sinalizada, visto que está próxima da reta final de pouso de aeronaves.
"A zona de proteção vai até 4 km no raio do aeroporto e esse fio [de energia atingido pelo avião] estava a 5 km", afirmou.
"A Cemig diz que a torre estava fora da zona de proteção. Mas, independentemente disso, como é uma linha que está na reta final do aeródromo e que interfere no tráfego, teria que sinalizar, independentemente da zona de proteção. Quem mexe com eletricidade e cria risco tem que tomar cuidado com os outros".
Sérgio Alonso
O que diz a Cemig
"A Cemig esclarece que a Linha de Distribuição atingida pela aeronave prefixo PT-ONJ no trágico acidente está fora da zona de proteção do Aeródromo de Caratinga, nos termos de Portaria específica do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), do Comando da Aeronáutica Brasileiro (como mostra imagem já divulgada pela Cemig).
Reiteramos que a Cemig segue rigorosamente as Normas Técnicas Brasileiras e a regulamentação em vigor em todos os seus projetos.
A sinalização por meio de esferas na cor laranja é exigida para torres em situações específicas, entre elas estar dentro de uma zona de proteção de aeródromos, o que não é o caso da torre que teve seu cabo atingido.
A Cemig informa ainda que os obstáculos que constam no NOTAM não se referem à torre de distribuição que teve o cabo atingido. Um desses obstáculos é de outra torre que pertence à Cemig e que consta com esferas de sinalização na cor laranja, por estar dentro da zona de proteção do Aeródromo, conforme Normas Técnicas Brasileiras e a regulamentação em vigor.
As investigações das autoridades competentes irão esclarecer as causas do acidente. A Companhia mais uma vez lamenta esse trágico acidente e se solidariza com parentes e amigos das vítimas".