A dramaturgia brasileira se despede, nesta segunda-feira (30/05), de um dos seus grandes nomes de todos os tempos: Milton Gonçalves, aos 88 anos, que vinha lutando contra problemas de saúde gerados após um AVC, sofrido em 2020.
A notícia foi dada por familiares, que disseram que o ator morreu em casa.
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Na tela da TV, foram dezenas de trabalhos a partir dos anos 60. Só na TV Globo, onde Milton estreou em 1965, entre séries, novelas e outras produções, foram 75 trabalhos realizados. A última aparição na telinha foi em 2019, no especial de fim de ano Juntos A Magia Acontece.
Entre seus muitos papéis de destaque, podemos citar Zelão das Asas, de O Bem Amado (1973), as participações nas duas versões de Sinhá Moça (1986/2006), à frente do papel de Pai José, Lourival Prata, de Roque Santeiro (1985), entre muitos outros.
Milton é mineiro da cidade de Monte Santo de Minas, com pouco mais de 21 mil habitantes. Mas foi em São Paulo que ele se encantou com a arte, quando trabalhava como gráfico. Além de atuar, se mostrou um grande autor e diretor. Escreveu quatro peças, dirigiu novelas como Irmãos Coragem (1970) e a primeira versão de Escrava Isaura (1976), além do especial humorístico Balança, Mas Não Cai (1968).
No cinema, foram 74 trabalhos, entre atuação e dublagem, como na animação Robin Hood (1973), no qual deu voz ao Xerife de Nottingham. Seu último trbalho para as telonas foi no longa Pixinguinha, um Homem Carinhoso, que narra a história de um dos maiores nomes da Música Popular Brasileira. Nele, Milton deu vida a Alfredo Viana.