Há mais de 40 anos no ar, a sessão Vale a pena ver de novo é um dos programas mais antigos da TV Globo e costuma ter em cartaz grandes sucessos, de diferentes épocas do canal da família de Roberto Marinho (1903-2004).
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Enquanto Por amor (1997), O cravo e a rosa (2000) e A viagem (1994) voltaram mais de uma vez na sessão de reprises, outras tramas nunca foram reprisadas.
Pensando nisso, o Portal UAI preparou uma lista com outras 5 produções queridas pelo público que nunca foram reprisadas pela Globo.
Uga Uga (2000)
Exibida entre 08 de maio e janeiro 2001, em 221 episódios, Uga uga deu dor de cabeça para a TV Globo, por conta do excesso de erotismo, mas fez sucesso.
A trama das sete escrita por Carlos Lombard foi uma das novelas com o maior número de exportações para outros países.
Inspirada em quadrinhos, a obra contava a história de Adriano, um garoto que sobreviveu a um ataque indígena na Amazônia e foi criado por índios com o nome de Tatuapú (Cláudio Heinrich).
O índio era na verdade herdeiro único da poderosa fábrica de brinquedos Tróia no Rio de Janeiro comandada por seu avô Nikos (Lima Duarte) que morre logo após levá-lo para a capital.
No decorrer da história, o rapaz branco precisa driblar diversos inimigos que querem lhe tirar a fortuna, com a ajuda de Baldochi (Humberto Martins), mesmo que seu grande desejo fosse sair da cidade grande e retornar à tribo que o criou na Floresta Amazônica.
Kubanacan (2003)
Exibida em 5 de maio a 24 de janeiro de 2004, em 227 episódios, Kubanacan também de Carlos Lombardi apesar da história confusa fez sucesso por conta dos seus pitorescos personagens que está presente na memória afetiva de muitos fãs até hoje.
Ambientada em uma ilha paradisíaca conhecida como "república das bananas" que acabou de sofrer um golpe militar. O desmemoriado Esteban (Marcos Pasquim), literalmente cai do céu na vida de Marisol (Danielle Winits) ao ser resgatado do mar pela moça, por quem acaba se apaixonando para desespero de seu marido, Enrico (Vladimir Brichta), que vai embora e a deixa com seus dois filhos.
Enquanto busca desvendar sua própria identidade, o pescador parrudo se envolve em diversas confusões e é reconhecido por diversas mulheres, que o identificam por nomes e ocupações diferentes. O rapaz também se envolve com Lola (Adriana Esteves), dona de casa casada com Enrico, no decorrer da história, Marisol já trocou Esteban pelo General Camacho (Humberto Martins), o ditador do local.
América (2005)
Exibida entre 14 de março e 5 de novembro de 2005, em 203 capítulos, América começou com alguns problemas, no entanto, a história da novelista Glória Perez deslanchou e se tornou um fenômeno na época.
A trama das nove conta a história de Sol (Deborah Secco), uma garota do subúrbio carioca, que atraída pelas promessas do sonho americano, investe na tentativa de imigrar para os Estados Unidos da América, e do peão de montaria Tião (Murilo Benício), um astro dos rodeios no interior de São Paulo, famoso por enfrentar o temido touro Bandido.
Sol e Tião se conhecem por acaso e se apaixonam, mas o destino os separa, já que a moça não desiste de tentar a sorte em território americano e o rapaz não pode abrir mão de sua promissora carreira no Brasil.
Embora apaixonada por Tião, Sol embarca ilegalmente nos Estados Unidos. Mas logo ver o seu sonho se tornar pesadelo. Após duas deportações e ver vários companheiros morrerem na travessia, ela acaba presa na terceira tentativa por tráfico de drogas, que ela nem sabia que levava na bagagem.
A jovem consegue fugir da delegacia em Miami e ver finalmente o mundo com o qual sempre sonhou. Visando juntar dinheiro para ajudar sua família, começa a trabalhar como faxineira, atendente de lanchonete e dançarina de pole dance. Além disso, ela acaba descobrindo o amor verdadeiro com Ed (Caco Ciocler), um jovem norte-americano de bom coração.
Páginas da Vida (2006)
Exibida em 10 de julho e 2 de março de 2007, em 203 capítulos, Páginas da vida foi o último grande sucesso de Manoel Carlos. Centrada nas histórias de Helena (Regina Duarte), Nanda (Fernanda Vasconcellos) e Marta (Lilia Cabral).
O folhetim começa em Amsterdã, na Holanda.
Nanda engravida do namorado Léo (Thiago Rodrigues) e, pelo fato de ele não aceitar o bebê, ela volta ao Brasil. A vida de Nanda se cruza com a da médica obstetra Helena, quando a jovem é atropelada. Ela não sobrevive, mas dá à luz os bebês Clara e Francisco. Com síndrome de Down, Clara é rejeitada pela avó, Marta, enquanto Helena se afeiçoa à menina que tem o mesmo nome de sua falecida filha e decide adotá-la.
Clara (Joana Mocarzel) e Francisco (Gabriel Kaufmann) crescem longe um do outro. A doutora, então, dedica sua vida a lutar pela inclusão da filha adotiva numa escola regular, enquanto Francisco cresce aos cuidados dos avós e do tio, Sérgio (Max Fercondini).
Uma nova reviravolta acontece quando Léo reaparece, disposto a reparar seu erro do passado. Ele se envolve com Olívia (Ana Paula Arósio) e os dois, juntos, começam a brigar na justiça pela guarda de Francisco. Léo descobre que Clara está viva e vivendo com Helena, e tenta reaver a filha nos tribunais.
Paraíso Tropical (2007)
Exibida entre 5 de março e 29 de setembro de 2007, em 179 episódios, Paraíso tropical, de Gilberto Braga (1945-2021) foi outra novela a ter audiência baixa no início, mas conquistou o coração dos telespectadores com o passar do tempo.
O antagonismo entre as gêmeas Paula e Taís (Alessandra Negrini), e a sede de poder do jovem empresário Olavo (Wagner Moura) dão o tom do folhetim.
As irmãs têm personalidades opostas, e só descobrem a existência uma da outra ao longo da trama.
A mau-caráter Taís tenta destruir a relação amorosa da irmã com o íntegro Daniel (Fábio Assunção), executivo no mesmo grupo empresarial em que trabalha Olavo. O executivo faz de tudo para impedir que Daniel suceda o poderoso Antenor Cavalcanti (Tony Ramos), seu tio, na presidência da empresa.
O casal formado por Bebel (Camila Pitanga) e Olavo foi o grande destaque da obra. A paixão da prostituta e do vilão da história conquistou os telespectadores, os bordões da garota de programa, "Sou uma mulher de catiguria" e "Que boa ideia esse casamento primaveril em pleno outono" são lembrados até hoje pelo público.