Pantanal estreou de forma promissora na última segunda-feira (29/03). Com belas paisagens da natureza, muita música caipira e um elenco de primeira, a obra de Benedito Ruy Barbosa, que foi ao ar, originalmente, em 1990 na TV Manchete, voltou à telinha pelas mãos do neto do autor, Bruno Luperi e promete ser uma das grandes atrações da dramaturgia em 2022.
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A trama é um remake do clássico homônimo, a novela tem direção artística de Rogério Gomes, direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.
Alguns atores que participaram da primeira versão retornam ao remake após 32 anos, como é o caso de Marcos Palmeira, que assume o papel de José Leôncio, vivido por Claudio Marzo na versão original.
O tronco central do folhetim acompanha o velho Joventino Leôncio (Irandhir Santos) e seu filho, José Leôncio (Renato Góes/Marcos Palmeira). Os dois compraram uma fazenda e decidiram criar gado de corte. Certa vez, pai e filho vão caçar os bois selvagens, os ditos marruás, e assim conseguirão dobrar seu rebanho.
Precisando fazer uma viagem com outros peões, José Leôncio pedirá ao pai para não caçar marruás sozinho. No entanto, a teimosia falará mais alto. Joventino desaparece sem deixar rastros e abandonou o filho. Desde então, José Leôncio prometerá caçar marruás todos os dias para reencontrar o genitor. O tempo passa e José Leôncio vira o maior fazendeiro da região.
Cinco anos depois, José Leôncio se casa com Madeleine Novaes (Bruna Linzmeyer/Karine Teles). Os dois se mudam para a região, onde nasce Jove (Jesuíta Barbosa). No entanto, a ida de Madeleine é um caos, já que ela sente saudades da vida urbana do Rio de Janeiro, a jovem não se acomoda àquela sina de solidão que é ser mulher de peão. Ela então entra em contato com Gustavo (Gabriel Stauffer/Caco Ciocler) foge do Pantanal e leva Jove, ainda bebê para a mansão dos pais. O menino cresce longe das vistas do pai, Madeleine cria uma mentira e faz Jove crescer pensando que o pai havia morrido.
Jove descobre que o pai está vivo e vai à sua procura, mas as diferenças s comportamentais e culturais criam um abismo entre os dois. Na ida de Jove para a região, há o encontro entre ele e Juma Marruá (Alanis Guillen). Filha de Maria Marruá (Juliana Paes) e Gil (Enrique Diaz), a jovem selvagem não abre a guarda para ninguém e aprendeu com a mãe a se defender do 'bicho homem'. Entre ela e Jove, uma paixão intensa se inicia, mas a relação fica complicada pelas diferenças culturais que se torna o maior desafio.
Confira, abaixo, os personagens de Pantanal e compare os intérpretes da primeira versão com os da segunda:
Joventino Leôncio
Patriarca da família Leôncio é um peão e ponteiro de uma comitiva que faz seu nome tangendo boiadas pelos sertões do país. Joventino Leôncio é um pai amoroso e carinhoso, um homem justo e honesto.
Cláudio Marzo (1940-2015) fez o personagem na primeira versão. No novo projeto, quem assume o posto é Irandhir Santos.
José Leôncio
Criado no lombo do cavalo de seu pai, Joventino (Irandhir Santos), cortando em comitiva os interiores deste país. Após o desaparecimento do patriarca, José Leôncio carrega essa dor em ferida aberta a vida inteira. Pai de Jove (Jesuíta Barbosa), Tadeu (José Loreto) e José Lucas de Nada (Irandhir Santos), carrega, além de suas amarguras, a frustração de nunca ter sido para nenhum dos três filhos o que o velho Joventino foi para ele.
Em sua fase jovem, José Leôncio foi interpretado por Paulo Gorgulho. Agora quem assume o papel é Renato Góes. Já na maturidade, o personagem ficou com Cláudio Marzo (1940-2015). No remake, o papel é de Marcos Palmeira.
Madeleine Novaes
Provocante, mimada, subversiva por natureza e sensual, Madeleine arrebata corações por onde passar. Madeleine Novaes não dá a mínima para normas ou qualquer convenção social que a mãe, Mariana (Selma Egrei), tenta ditar, só para deixar a matriarca de cabelo em pé. Enquanto sua irmã Irma (Malu Rodrigues/ Camila Morgado) reza pela cartilha da mãe, Madeleine reza pela do pai Antero (Leopoldo Pacheco), blefando, aqui e acolá, para conseguir tudo o que quer.
Em sua fase jovem, Madeleine Novaes foi interpretada por Ingra Liberato. Agora quem assume o papel é Bruna Linzmeyer. Já na segunda fase, a personagem ficou com Ítala Nandi. No remake, o papel é de Karine Teles.
Joventino Leôncio Neto, o Jove
Inteligente e irreverente, Jove é um jovem que, embora tenha nascido no Pantanal, pode se dizer um autêntico carioca da gema. Filho de Madeleine (Bruna Linzmeyer/Karine Telles) e José Leôncio (Renato Góes/Marcos Palmeira), é levado ainda bebê para o Rio de Janeiro. Jovem, vai para as terras pantaneiras conhecer o pai mas as diferenças comportamentais e culturais criam um abismo entre os dois. Lá, conhece Juma Marruá (Alanis Guillen), com quem descobre que suas raízes estão plantadas naquelas terras e uma paixão intensa se inicia.
O filho de José Leôncio foi vivido por Marcos Winter na obra original. Na nova versão, será interpretado por Jesuíta Barbosa.
Irma Novaes
Irma vive uma vida sem grandes emoções. Primogênita da família Novaes, nasce sob os firmes cabrestos impostos pela mãe, Mariana (Selma Egrei). Na juventude, reprimida pela educação severa, sempre obedece às ordens da matriarca. Esse recato auto imposto a faz sofrer, sem que as pessoas imaginem o quanto lhe custa toda essa repressão. O que ninguém percebe também é o fardo que Mariana impõe a Irma sempre que a usa de sarrafo para a caçula Madeleine (Bruna Linzmeyer/ Karine Telles). Irma conhece o cunhado José Leôncio (Renato Góes/Marcos Palmeira) e se interessa pelo fazendeiro e fará de tudo para conquistar o seu grande amor.
Em sua fase jovem, Irma Novaes foi interpretada por Carolina Ferraz. Agora quem assume o papel é Malu Rodrigues. Já na segunda fase, a personagem ficou com Elaine Cristina. No remake, o papel é de Camila Morgado.
Gustavo Sousa Aranha
Rival de José Leôncio (Renato Góes/Marcos Palmeira) pelo amor de Madeleine (Bruna Linzmeyer/Karine Telles), o médico Gustavo é oriundo de uma tradicional família carioca e, seja pela vontade de dona Mariana (Selma Egrei), que sonha com o casório para entrelacar os laços entre os Sousa Aranha e os Novaes.
José de Abreu deu vida a Gustavo Sousa Aranha nas duas fases da produção. Agora, o papel fica a cargo de Gabriel Stauffer na primeira fase da adaptação e Caco Ciocler na segunda fase do remake.
Juma Marruá
Filha de Gil (Enrique Diaz) e Maria Marruá (Juliana Paes), Juma cresce sob os cuidados da mãe, mulher com o poder sobrenatural de virar onça-pintada – reza a lenda que sua filha herdou a habilidade da mãe. Nasceu e viveu limitada ao pedacinho de terra que era de José Leôncio (Renato Góes/ Marcos Palmeira), mas que seus pais tomaram posse ao desembarcarem no Pantanal. Da matriarca, Juma Marruá herda os hábitos, as artes da caça e a capacidade de não depender de ninguém para nada e se defender do bicho homem. Até conhecer Jove (Jesuíta Barbosa), por intermédio do Velho do Rio (Osmar Prado), que traz o rapaz ferido para sua tapera. Deste momento em diante, Juma se torna cativa de um novo sentimento, até então desconhecido.
Cristiana Oliveira foi quem deu vida à protagonista da trama pantaneira. No remake, Juma Marruá será interpretada por Alanis Guillen.
Maria Marruá
Esposa dedicada, dócil e servil. Leva uma vida simples e ainda assim, se considera feliz, no entanto, tudo muda após enterrar cada um dos três filhos que tem. Maria Marruá enterra com cada um deles um pedaço de si, de forma que quando chega ao Pantanal ao lado do marido Gil (Enrique Diaz), está sem vida, sem alma, sem esperança. Ao engravidar de Juma (Alanis Guillen), recebe a filha com ar de maldição, em um parto na beira do rio com o intuito de colocá-la no bojo da canoa e empurrá-la para as águas. Não por falta de amor, mas porque não pode suportar a ideia de perder outro filho. O destino, contudo, as quer juntas e unidas.
Mãe de Juma, Maria Marruá foi interpretada por Cássia Kis na primeira versão. Na nova, Juliana Paes assume o papel.
Gil
Gil é um sujeito simples e analfabeto. Embora sua falta de cultura e modos, tem um jeito brando de ser. Não à toa desabrochou um tipo correto, honesto e muito decente, tendo se tornado um ótimo marido, dedicado e atento à sua Maria Marruá (Juliana Paes). É um homem bom que nasceu em um mundo ruim e perverso. É enganado no Sarandi, no interior do Paraná, e comete um crime que o leva fugido ao Pantanal ao lado da amada, onde tenta reconstruir sua vida nas terras de José Leôncio (Renato Góes/Marcos Palmeira).
O pai de Juma Marruá foi interpretado por José Dumont. Na nova novela, Enrique Diaz ficou com o papel.
Filó
Filó surge grávida de Tadeu (José Loreto) na fazenda de José Leôncio (Renato Goes/ Marcos Palmeira), onde passa a viver e trabalhar como empregada. Filó é a alma e o coração daquela casa, ela é a responsável por cuida de tudo na residência e coloca os afazeres domésticos em ordem. Leôncio e Filó se conheceram em um prostíbulo e a mulher fazia parte do passado do peão, até que descobre uma gravidez e vai até a fazenda para pedir por abrigo e emprego. Filó vira fera para proteger seu Zé contra tudo e contra todos.
Na primeira versão, Filó foi interpretada na juventude por Tânia Alves e depois o papel ficou com Jussara Freire. No remake, na primeira fase a interpretação fica a cargo de Letícia Salles e Dira Paes na segunda fase.
Tadeu
Tadeu é um sujeito muito simples, de poucas palavras e sem grandes ambições na vida. Na infância, troca os estudos pela garupa do padrinho, José Leôncio (Renato Goes/Marcos Palmeira), e se torna homem tangendo a boiada junto dele por essas estradas da vida. Recebe de Zé a mesma educação que ele próprio havia recebido do velho Joventino Leôncio (Irandhir Santos). Mesmo depois que Filó (Letícia Salles/ Dira Paes) revela a Zé que Tadeu é seu filho, o herdeiro do maior fazendeiro da região não tem um tratamento diferenciado. É peão e ponto final.
Marcos Palmeira foi intérprete de Tadeu na primeira versão do folhetim. Na nova versão, o papel fica para José Loreto.
Trindade
Trindade é violeiro antes de ser peão. E sua sina, como de todo tocador, é seguir o som da viola, e nada mais, quase um nômade, ele se muda de tempos em tempos, passando por diversas terras até o dia em que bate na fazenda de José Leôncio (Renato Góes/ Marcos Palmeira), para o estranhamento de todos. É por caridade de Tibério (Guito), que Trindade pernoita por ali, mas é por obra da sua viola enfeitiçada pelo cramulhão que ele se assenta por lá.
O personagem foi interpretado por Almir Sater na primeira versão da obra, será herdado pelo filho do cantor, o músico Gabriel Sater.
Velho do Rio
Ponto de contato entre o mundo físico e espiritual e a síntese de uma consciência ecológica coletiva, o Velho do Rio é uma lenda e só acredita que ele existe quem realmente o vê. Uma espécie de guardião deste paraíso em terra que se chama Pantanal. Apresenta-se vezes em forma de gente, vezes em forma de sucuri, a maior de todas que já se viram na região pantaneira.
O guardião do Pantanal foi interpretado por Cláudio Marzo (1940-2015) na trama. No remake, o Velho do Rio será interpretado por Osmar Prado.
Tenório
Assim como Gil (Enrique Diaz) e Maria Marruá (Juliana Paes), Tenório vem do Paraná para o Pantanal com um passado que prefere esconder. Fazendeiro, marido de Maria Bruaca (Isabel Teixeira) e pai de Guta (Julia Dalavia), é um sujeito prático, frio e extremamente racional. Para a família, é um homem moralista, retrógrado, conservador, violento, machista e preconceituoso. O famoso coronel mantém um segredo: uma segunda família, que mora em São Paulo. A amante do personagem se chama Zuleica (Aline Borges), com ela Tenório tem três filhos, Marcelo (Lucas Leto), Renato (Gabriel Santana) e Roberto (Cauê Campos).
Tenório foi interpretado por Antônio Petrin. Agora, o papel fica a cargo de Murilo Benício.