Danilo Gentili se defendeu das acusações de apologia à pedofilia na manhã desta terça-feira (15/03) em entrevista exclusiva ao Morning show, da TV Jovem Pan.
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"A cena em questão é exatamente sobre uma pessoa que se apresenta como o melhor aluno da escola, que seria uma autoridade, pedindo coisas abjetas e absurdas para os alunos, que não obedecem o cara só porque ele é uma autoridade. Então, na verdade, em momento algum o filme faz apologia à pedofilia. O filme vilaniza a pedofilia", destacou.
O longa-metragem aborda temas com objetivo de fazer críticas ao politicamente correto.
Além dele, o ator e comediante Porchat também se tornou alvo das acusações.
Na produção, ele interpreta Cristiano, um pedófilo que tenta abusar dos meninos, mas não consegue. "Vamos esquecer isso tudo, deixar isso de lado? A gente esquece o que aconteceu e, em troca, vocês batem uma punheta pro tio. É super normal, vocês tem que abrir a cabeça de vocês. Uma juventude retrógrada", sugere o personagem, que também coloca a mão de um dos garotos em seu pênis na cena em questão.
O comunicador reforçou que as críticas ao filme são uma estratégia dos apoiadores do presidente da República Jair Bolsonaro (PL) para alavancar sua popularidade em decorrência do ano das eleições presidenciais.
"Isso começou a ser incubado no domingo à noite, para que na segunda-feira pautasse a semana. Isso é um método. Como eu já passo por máquinas de assassinato de reputação há muito tempo, isso é muito claro para mim", contou.
"É justamente naquela semana que tá todo mundo p*** com o preço da gasolina, tá todo mundo p*** com o preço das coisas no mercado. Não é coincidência que um filme de cinco anos atrás foi tudo o que acharam contra mim, que foi cortado milimetricamente, que foi pulverizado em grupos de eleitores e simpatizantes do governo, grupo de cristão, de quem se escandalizaria com isso", afirmou.
Gentili também revelou que foi até Brasília na época do lançamento para buscar a aprovação com os órgãos competentes em relação à faixa etária do filme.
Suspensão
Na manhã desta terça-feira, o Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor, que as plataformas de streamings no Brasil com direitos de distribuição do filme Como se tornar o pior aluno da escola devem suspender sua exibição imediatamente.
Caso descumpram a ordem, as plataformas podem ter que pagar uma multa diária de R$ 50 mil. Foram citadas as plataformas de streamings e empresas Netflix, Globoplay, Telecine, Youtube, Apple e Amazon.
Confira, abaixo, o trailer: