Juma Marruá, a protagonista da novela Pantanal, foi interpretada na primeira versão por Cristiana Oliveira. Quase 32 anos após ter dado vida a personagem, a atriz revelou que se sente responsável pela figura forte e destemida da mulher que se transformava em onça-pintada.

A partir do dia 28 de março, a TV Globo exibe o remake lançado originalmente em 1990 pela extinta TV Manchete, de Benedito Ruy Barbosa, que volta à telinha pelas mãos do neto do autor, Bruno Luperi.

Em entrevista à jornalista Marina Marini, da coluna Splash, do portal UOL, Cristiana contou que a composição de Juma, foi, de certa forma, irracional, já que partiu de características da própria. O papel tornou o nome da artista um grande destaque na época.

"A Cristiana já era assim. Aquele cabelo era meu, o olho era meu, o jeito de olhar fui eu que criei. Eu dei a minha assinatura ali. Fui dirigida, óbvio, só que a Juma, fisicamente, era uma parte da Cristiana. Juntou as duas coisas e deu certo", destacou.

"Eu me considero um pouco responsável pela figura da Juma, porque foi uma coincidência", reforçou.

A pouco mais de um mês da estreia da nova versão de Pantanal. Dessa vez, a atriz Alanis Guillen interpreta a protagonista e Cristiana Oliveira se prepara para assistir como telespectadora já que não foi convidada nem para uma participação especial do folhetim, no entanto, ela garante que não ficou chateada por ter ficado fora do projeto e dispensou comparações.

Inclusive, a atriz desejou sorte à nova intérprete de Juma Marruá e confessou que talvez não fizesse mesmo sentido para ela fazer parte da nova novela das nove. "Para mim, o fato de eu não estar, não me causa absolutamente nenhuma mágoa. Acho que de repente nem deveria estar, talvez a minha presença não ia combinar, não sei explicar por quê. E a nova Juma é tão linda, tão querida, ela sabe que estou torcendo por ela. Foi um sentimento que eu tive", afirmou.

"A Juma de 1990 foi uma personagem puramente intuitiva, acho que tive uma intuição de que a Alanis ia ser uma linda Juma e eu tenho certeza que ela vai ser, do jeito dela, com uma assinatura dela".

Cristiana Oliveira

Remake de Pantanal

O tronco central da obra acompanha o velho Joventino (Irandhir Santos) e seu filho, José Leôncio (Marcos Palmeira/ Renato Góes). Os dois compraram uma fazenda e decidiram criar gado de corte. Certa vez, pai e filho vão caçar os bois selvagens, os ditos marruás, e assim conseguirão dobrar seu rebanho. 

Precisando fazer uma viagem com outros peões, José Leôncio pedirá ao pai não caçar marruás sozinho. No entanto, a teimosia falará mais alto. Joventino desapareceu sem deixar rastros e abandonou o filho. Desde então, José Leôncio prometerá caçar marruás todos os dias para reencontrar o genitor. O tempo passa e José Leôncio vira o maior fazendeiro da região.

Cinco anos depois, José Leôncio se casa com Madeleine (Karine Teles/ Bruna Linzmeyer). Os dois se mudam para a região, onde nasce Jove (Jesuíta Barbosa). No entanto, a ida de Madeleine é um caos, já que ela sente saudades da vida urbana do Rio de Janeiro, a jovem não se acomoda àquela sina de solidão que é ser mulher de peão. Ela então entra em contato com Gustavo (Gabriel Stauffer/Caco Ciocler) foge do Pantanal e leva Jove, ainda bebê para a mansão dos pais. O menino cresce longe das vistas do pai, Madeleine cria uma mentira e faz Jove crescer pensando que o pai havia morrido.

Jove descobre que o pai está vivo e vai à sua procura, mas as diferenças s comportamentais e culturais criam um abismo entre os dois. Na ida de Jove para a região, há o encontro entre ele e Juma Marruá (Alanis Guillen). Filha de Maria Marruá (Juliana Paes) e Gil (Enrique Diaz), a jovem selvagem não abre a guarda para ninguém e aprendeu com a mãe a se defender do 'bicho homem'. Entre ela e Jove, uma paixão intensa se inicia, mas a relação fica complicada pelas diferenças culturais que se torna o maior desafio.

Confira, abaixo, a chamada oficial de Pantanal: