Nesta sexta-feira (25/02), ao fazer uma matéria para falar sobre a greve de funcionários no BRT, a repórter Branca Andrade, do SBT Rio, foi intimidada por dois homens ao vivo, que começaram a cercá-la, fizeram uma barreira e desplugaram cabos de seus equipamentos para impedir a transmissão.
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Branca ficou constrangida e abalada com a situação e, por isso, a profissional começou a chorar e a tremer enquanto pedia respeito aos rapazes. Ela acreditou que se tratavam de funcionários do local, mas logo percebeu que eles estavam sem uniformes e sem identificação, e começou a questioná-los sobre suas identidades.
O cinegrafista deu diversas voltas para tentar focar em Branca, mas os dois brutamontes seguiam o movimento, de costas para a câmera e encarando a jornalista, que pedia licença a todo momento. Com a negativa, ela passou a se sentir coagida e ameaçada pelos rapazes, e começou a tremer.
"Neste momento estamos tendo a nossa liberdade de expressão cerceada, como você pode ver", disse a jornalista enquanto era encurralada por um rapaz não identificado. "O senhor pode se afastar, por favor? O senhor está atrapalhando o meu trabalho, não é assim que funciona", disse a jornalista ao suposto funcionário, que somente dava ordens, dizendo que ela deveria circular e não poderia ficar parada.
"Eles nem estão uniformizados. Eles são dois funcionários... na verdade se dizem funcionários, porque nem usam uniformes da concessionária. Neste momento a minha imagem não aparece porque as costas deste funcionário, que não foi identificado, aparece. Qual é o nome do senhor para eu procurar na concessionária?", continuou Branca.
GRAVÍSSIMO:
%u2014 SBT Rio (@sbtrio) February 25, 2022
A nossa repórter, Branca Andrade, teve o trabalho interrompido ao vivo por homens sem identificação no terminal Alvorada, na Barra da Tijuca.#sbtrio pic.twitter.com/ZJQaJkVLZj
Jornalista se pronuncia nas redes sociais
Em seu perfil do instagram, a jornalista falou sobre o caso e agradeceu aos seus colegas de profissão: "Versão estendida do #aovivo. Agradeço demais o apoio de todos os meus colegas de profissão, sem o suporte da redação para acionar a polícia teria sido difícil. Agradeço a Isabele Benito que do estúdio ficou tensa e rapidamente conduziu tudo para que minha segurança fosse garantida, ao Carlos Augusto que acionou o comandante do 31BPM e também ao meu diretor Diego Germano que está me apoiando muito também depois do susto. Mas o importante é que nós nunca vamos deixar ninguém obstruir nossa lente, o jornalismo não vai se calar, e é preciso estar atento e forte, e eu estarei, sempre a serviço do que é certo!", disse Branca, que recebeu toda solidariedade de telejornais concorrentes, como o RJ1, além do próprio prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ) e da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) .