O jornalista William Bonner questionou durante o Jornal Nacional desta quinta-feira (10/02) por que o secretário especial da Cultura, Mário Frias, gastou R$ 39 mil em uma viagem aos Estados Unidos para ver um apoiador do presidente da República Jair Bolsonaro (PL), se podia fazer a reunião de forma virtual.
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A informação foi tema da escalada do jornal da TV Globo, com Renata Vasconcellos indicando que não se sabe o motivo de tal urgência. "Nem por que a reunião não foi online, como o planeta inteiro começou a fazer na pandemia", ironizou Bonner.
Em resposta ao telejornal, a Secretaria Especial da Cultura disse que Mário Frias teve outros compromissos na viagem — mas não citou quais. No site que tem por finalidade veicular dados e averiguações detalhadas sobre a execução orçamentária e financeira da União não há registro de informações.
Os voos de ida e volta, na classe executiva, custaram R$ 26 mil (R$ 13 mil cada trecho). Mário também recebeu R$ 12,8 mil em diárias, além da contratação de um seguro-viagem de R$ 305. No total, R$ 39.150,95 aos cofres públicos. Mário Frias não viajou sozinho. Ele foi acompanhando do secretário-adjunto, Hélio Ferraz, que também voou ao custo de R$ 26 mil e recebeu diárias de R$ 12,8 mil, mais o seguro de R$ 261. No total, o governo desembolsou R$ 78,2 mil. A informação foi revelada em primeira mão pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Mário Frias diz que manchetes são "mentirosas"
Nas redes sociais, na quinta-feira (10/02) o secretário especial da Cultura criticou a "falta de ética" dos jornalistas que escreveram sobre a viagem e negou a quantia, apesar dos valores estarem disponíveis de forma pública no Portal de Transparência, que pertence ao Governo Federal.
Mário afirmou que "todas as manchetes expostas nas imagens são mentirosas, pois não paguei essa quantia por essa viagem, não viajei de executiva e a finalidade da viagem não foi da forma como colocaram nas inverídicas manchetes".