Após criticar a falta de pagamento de direitos autorais pela exibição de produções da TV Globo, Marcílio Moraes revelou que acredita ter sido o primeiro novelista a ganhar pela reprise de transmissão de um folhetim.
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O roteirista garante que vários colegas de profissão não receberam nenhuma quantia sobre as obras reprisadas.
"Amigos, como todo mundo sabe, andei reclamando publicamente por causa do não pagamento dos meus direitos sobre a exibição de novelas minhas na TV fechada e no streaming", iniciou.
"Pois, hoje, estou aqui para tirar o boné para a Globo, que decidiu pagar pela exibição da minha novela Sonho Meu, no Canal Viva", comemorou o autor.
"Perguntei a vários colegas e fiquei sabendo que nenhum deles até hoje recebeu pelo Viva. Será mesmo que sou o primeiro? Não importa, o que quero expressar é o desejo de que a atitude seja um bem-vindo sinal de que a empresa está disposta a negociar com os autores roteiristas a ampla remuneração pela exibição pública das nossas obras. Valeu, Globo", afirmou.
Confira, abaixo:
O canal da família de Roberto Marinho (1904-2003) garante cumprir com todos os pagamentos referentes às reprises.
Entretanto, vale destacar que os contratos firmados há anos não previam exibições em canais fechados por assinatura, tampouco streaming.
Entretanto, vale destacar que os contratos firmados há anos não previam exibições em canais fechados por assinatura, tampouco streaming.
Marcílio foi contratado da emissora por cerca de duas décadas. Iniciou sua carreira numa minissérie de Ferreira Gullar (1930-2016)e Armando Costa (1933-1984) chamada A Juíza. Depois fez Roque Santeiro (1985), com Dias Gomes (1922-1999). No ano seguinte, continuou nas telenovelas e escreveu Roda de fogo (1986), Mandala (1987), Mico preto (1990), Sonho meu (1993) e o remake de Irmãos coragem (1995), além das minisséries Laércio é nosso rei (1986), Noivas de Copacabana (1992), Dona flor e seus dois maridos (1998) e Chiquinha Gonzaga (1999).
No final de 2002, saiu do canal por vontade própria. Em 2005, foi contratado pela Record TV, onde escreveu as novelas Essas mulheres (2005), Vidas opostas (2006) e Ribeirão do tempo (2010), além dos seriados A Lei e o crime (2009) e Fora de controle (2011).