A emissora de televisão aberta Record foi acusada por internautas de racismo. O motivo foi uma reportagem exibida nessa quarta-feira (6/1) que associa Beyoncé a "magia negra". A matéria foi ao ar no programa Fala que eu te escuto e recebeu críticas na internet pelo uso da diva pop para ilustrar a matéria.
O caso relatado pelo programa da Record foi em 2019, quando a ex-baterista de Beyoncé, Kimberly Thompson, entrou na justiça norte-americana acusando a cantora de ter praticado atos de “bruxaria” e “magia negra”, além de ter matado o gato de Thompson.
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A segunda, por ilustrar a reportagem com cenas do longa da diva pop Black is king,filme disponível na Disney %2b que é uma exaltação à cultura africana e afro-americana e não apresenta nenhuma relação com uma “prática sobrenatural para o mal”, como exposto na matéria.
Nas redes sociais, os usuários questionaram a associação do filme com uma suposta magia do mal e como isso pode reforçar a intolerância, além do uso do adjetivo “negro” para retratar questões negativas.
Respostas às acusações
A Igreja Universal do Reino de Deus, responsável pelo programa da grade da Record, afirmou em nota ao portal Alta Definição que a reportagem não faz qualquer acusação a Beyoncé e “apenas relembrou uma notícia que foi amplamente divulgada pela Imprensa em setembro de 2018”.
A nota também fala que a Universal tem “bispos, pastores e fiéis que são de todas as origens e tons de pele, de todas as classes sociais”. O texto termina apontando a Igreja como também vítima de preconceito. “Como vítima maior do preconceito religioso no Brasil, a Universal repudia e combate toda forma de discriminação”, escreveu a Universal.
O Correio entrou em contato com a Record, mas, até o momento, não obteve nenhuma reposta sobre o posicionamento da emissora em relação ao assunto.