Uma das séries da Netflix mais assistidas nesta semana no Brasil é Virgin River, cuja segunda temporada acabou de chegar ao streaming. Não há super-heróis, atores conhecidos ou trama cheia de reviravoltas. Tampouco a produção é dirigida para a massa jovem que domina a audiência da plataforma. É mais um romance açucarado, com narrativa atemporal, que já foi vista milhares de vezes em livros, novelas e filmes.
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Vamos lá: a série, lançada em 2019 e já com a terceira temporada confirmada, é uma adaptação da franquia homônima da escritora americana Robyn Carr, que publicou 21 romances. Virgin River é uma cidadezinha turística do Norte da Califórnia, conhecida pela paisagem com montanhas e rios.
É para esse lugar que a enfermeira e parteira Mel Monroe (Alexandra Breckenridge) decide se mudar. Chegou lá sem saber muito da cidade e sem deixar que os outros soubessem muito sobre ela. Mel havia deixado Los Angeles para tentar esquecer as dores do passado recente – filha e marido mortos. A tristeza a acompanha sempre, mas sua doçura faz com que se sobressaia entre a população local.
Logicamente, aparece um pretendente, Jack Sheridan (Martin Henderson), o dono do pub, ex-fuzileiro naval que tenta esquecer o passado – no caso, o que viu e fez no Iraque. A química é imediata, mas as dificuldades não tardam a aparecer. Antes de Mel chegar a Virgin River, Jack estava envolvido com Charmaine (Lauren Hammersley), uma relação aparentemente sem compromisso até que ela, obviamente, engravida.
É nesse ponto que tem início a segunda temporada. Mel fugiu para Los Angeles, deixando Jack atordoado. No retorno, o casal que toda a cidade quer ver unido demora a se reconciliar. E há o grande porém: a gravidez de Charmaine é de alto risco. E quem não mais do que a doce parteira para acompanhar o processo?
Colorindo a história central há outros personagens, como o médico Doc Mullins (Tim Matheson), o chefe de Mel que, depois de várias restrições iniciais, acabou compreendendo a importância dela. O doutor foi casado com a prefeita Hope McCrea (Annette O’Toole) – a fofoqueira da cidade, a despeito de seu coração enorme. O casal agora ensaia uma reconciliação – escondido de todos.
DROGAS
Há ainda uma personagem às voltas com violência doméstica, pequenos problemas com drogas e uma morte suspeita. Mas é tudo apresentado com leveza, sem profundidade e em meio à paisagem fantástica (cada sequência é entremeada por um plano geral da natureza da região).
Assistir a Virgin River é como comer aquela comida da avó que nos traz lembranças de tempos melhores. Ainda que totalmente esquecível, é um conforto para momentos difíceis.
VIRGIN RIVER
.A segunda temporada, com 10 episódios, está disponível na Netflix