Segundo o jornal Mail on Sunday, que faz a mesma solicitação, o ministro pedirá formalmente à plataforma que introduza uma advertência no início de cada episódio para explicar que a trama é ficção.
"É uma maravilhosa obra de ficção, mas como outras produções televisivas a Netflix deveria ser muito clara desde o início que é somente isso e nada mais", disse Dowden ao jornal.
"Sem isso, temo que uma geração de espectadores que não viveu estes eventos podem confundir a ficção com a realidade", afirmou.
A quarta temporada da série, disponível há duas semanas, inclui a história do conturbado casamento do Príncipe Charles com Lady Di.
O herdeiro da coroa aparece como um marido frio e infiel, um retrato que não é exato, segundo a especialista em realeza Penny Junor, que escreveu uma biografia sobre o príncipe.
Provavelmente "foi um pouco insensível às vezes, mas não acredito que era arrogante ou indiferente, acredito que realmente tentou fazer o casamento funcionar", disse à AFP.
As declarações do ministro da Cultura reforçam as recentes afirmações do irmão de Lady Di, Charles Spencer, que pediu uma mensagem de aviso no início de cada episódio.
A série "The Crown", um sucesso de crítica e público, já ganhou três Globos de Ouro e oito prêmios Emmy e foi assistida por mais de 70 milhões de assinantes, segundo a Netflix.
Não é a primeira vez que as liberdades tomadas pela série são criticadas.
No ano passado, quando estreou a terceira temporada, o ex-secretário de imprensa da Rainha Elizabeth II, Dickie Arbiter, criticou a insinuação de que a soberana teria tido um romance com o treinador de seus cavalos de corrida, Lord Porchester.
"É de mau gosto e totalmente infundado", disse ao jornal Sunday Times. "A rainha é a última pessoa no mundo que consideraria olhar para outro homem que não seja seu marido", completou.