Principal estreia da Globoplay nesta semana, Desalma é uma ambiciosa incursão da plataforma no terror sobrenatural. As mulheres dominam a produção, tanto na frente quanto atrás das câmeras. A série marca a estreia da escritora Ana Paula Maia no formato.  

“Desalma é um drama sobrenatural, com camadas. É a não aceitação da morte e tem relação com transmigração de almas. Esse tema tem muito a ver com o meu universo. Gosto de terror e sobrenatural desde pequena e tenho uma trajetória com histórias do gênero em toda a minha vida”, afirma a autora.

Antônio Prado, na região serrana do Rio Grande do Sul, foi a cidade escolhida para ambientar Brígida, a cidade fictícia da trama. O local, com forte presença da cultura ucraniana, é palco dos inúmeros acontecimentos misteriosos em torno de mães de famílias que se envolveram em tragédias.

A narrativa oscila entre dois tempos. Nos anos 1980, a população de Brígida se reúne para comemorar a Ivana Kupala, considerada a noite mais escura do ano. Mas a jovem Halyna (Anna Melo), filha da feiticeira Haia (Cassia Kis), some em meio à floresta e seu corpo aparece dias depois. Com a cidade traumatizada pela tragédia, a celebração é banida do calendário festivo do município.

Vários acontecimentos depois, no momento presente os moradores decidem que está na hora de deixar para trás os traumas do passado. Haia comemora o fim do ciclo de 365 luas cheias que iluminaram o céu desde a morte de sua filha e, finalmente, coloca em prática um feitiço há muito tempo guardado por ela.

No elenco, além de Cássia Kis e Anna Melo, também estão Maria Ribeiro, Cláudia Abreu, Bruce Gomlevsky e Nikolas Antunes. 

As gravações de Desalma ocorreram em cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná por seis semanas, antes de se fixar em estúdio no Rio de Janeiro. Foram 36 sets de filmagem, sendo 16 deles numa propriedade de 300 mil metros quadrados, localizada na cidade de São Francisco de Paula, na região serrana gaúcha.