O ator Juan Paiva sabe que seus personagens em Malhação - Viva a diferença e Totalmente demais incentivam o debate sobre temas importantes. Enquanto na trama de Cao Hamburger Anderson discute o racismo na sociedade, no folhetim de Rosane Svartman e Paulo Halm Wesley aborda a inclusão por meio do esporte.
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Nova Malhação traz luta de mãe adolescente e angústias por orientação sexualCarolina tira fotos de Rafael e Eliza juntos em Totalmente DemaisXuxa lança livro de memórias e detalha abusos sexuais na infânciaAmbos os papéis, exibidos nas reedições das novelas pela Globo, mostram pessoas se superando diante dos obstáculos da vida. Segundo o ator, a felicidade foi grande ao ver os dois trabalhos repercutindo positivamente mais uma vez. Carioca de 22 anos, ele voltará a viver Anderson na série As Five, derivada da novela infantojuvenil, que tem estreia prevista para o dia 12 de novembro no Globoplay.
Devido à paralisação das novelas em virtude da pandemia do novo coronavírus Malhação - Viva a diferença e Totalmente demais voltaram para a programação da Globo em edições especiais. Que sensação você está tendo ao rever esses trabalhos?
Por mais que a gente esteja passando por este momento complicado, fiquei feliz com as edições especiais. Foram dois trabalhos relevantes na minha carreira, porque me deram visibilidade e oportunidade de mostrar o que mais gosto de fazer na vida, que é atuar. Fico me criticando ao rever para saber onde posso melhorar.
Você tem visto o que o público comenta nas redes sociais sobre as reprises?
Sim! O mais legal é que o público interage com o mesmo entusiasmo, como se estivesse assistindo pela primeira vez. A sensação que tenho é de que voltei no tempo.
Quais são as lembranças que você guarda com mais carinho de Malhação – Viva a diferença?
Tenho muitas boas lembranças. Em especial, a de quando a gente comemorou o capítulo 100 no sítio do Ângelo Antônio. A galera se reuniu para confraternizar. Ficamos uns três dias juntos nos divertindo e foi muito legal. Lembro daquilo como se fosse ontem. Cantamos, dançamos, gargalhamos, fizemos brincadeiras.
Tem alguma história interessante sobre os bastidores de Totalmente demais?
Em Totalmente demais era meu aniversário quando a gente estava gravando a cena do atropelamento do Wesley. No final da gravação, a equipe e os atores me presentearam com um bolo, e fiquei muito feliz. Aquele momento para mim foi especial. Fiquei muito emocionado e grato por todo aquele carinho.
Em Malhação, o casal formado por Tina (Ana Hikari) e Anderson tocou em assuntos importantes, como o preconceito racial. Para você, qual foi o impacto de contar essa história?
A novela fala das diferenças. Eu sou a favor do amor. É isso que precisa existir para o preconceito morrer. Independentemente de qualquer coisa, o amor e o respeito precisam prevalecer. Foi de grande importância contar essa história e transmitir a mensagem de não ter preconceito e aceitar o outro como ele é. Isso serviu para mim também no meu trajeto de aprendizado. Não sei se referência é a palavra exata, mas por meio da gente a galera conseguiu entender um pouco e melhorar suas atitudes. Foi uma grande responsabilidade fazer esse trabalho.
A série As Five é derivada de Malhação - Viva a diferença. Como foi voltar a interpretar o Anderson depois de algum tempo?
Reviver o Anderson foi bem mais fácil do que construí-lo. Lembro que quebrava a cabeça e ficava me questionando sobre como ia fazer sotaque paulistano, se eu não tenho nenhuma ligação com São Paulo. Buscava referências e aproveitava as vivências na cidade, absorvendo o máximo de cada pessoa que mora ali para sentir a vibe, o clima, já que é totalmente diferente do Rio de Janeiro. Para reviver o personagem já tinha uma memória, então só construí de outra forma, porque não era mais o adolescente. O Anderson estava saindo da juventude e encarando a fase adulta. Os problemas são outros, mas o personagem é o mesmo.
O que o público pode esperar de As Five?
A série tem um quê de humor, mas aborda muitos temas essenciais, que devem ser falados pela sociedade. O jeito como são abordados é mais tranquilo, leve, porém ainda assim é bem potente. As Five vai conversar bastante com as pessoas. (Agência Estado)