Falta um mestre nas reprises da Globo: onde está Gilberto Braga?

Autor de sucessos como Anos rebeldes e Força de um desejo, Gilberto Braga faz falta entre os autores de folhetins que estão no ar

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(foto: TV Globo/Reprodução )
Ao analisar as opções da Globo para reprises de novelas diante da pandemia de covid-19 podemos até dizer que, no ano que a televisão brasileira completa 70 anos, a emissora resolveu prestar uma homenagem aos grandes novelistas vivos do nosso país. Está no ar uma reprise de Aguinaldo Silva, Fina estampa. Os veteranos ainda estão contemplados com a confirmação de Laços de família, de Manoel Carlos, no Vale a pena ver de novo; de Flor do Caribe, de Walther Negrão, às 18h; e de A força do querer, de Gloria Perez, às 21h. Silvio de Abreu ainda supervisiona Haja coração, próxima das 19h.
A lista dos autores é de encher os olhos de qualquer noveleiro de plantão. A de autores, diga-se, porque nem sempre a dos títulos corresponde. Mas chama a atenção uma ausência importante. Cadê uma reprise de Gilberto Braga, Rede Globo? Vários são os títulos de Gilberto, dono de um dos melhores textos entre os pares da geração dele, que mereciam ser revistos, seja às 18h, seja às 21h, sejam minisséries %u30FC o autor não é muito afeito à faixa das 19h.
 
Antes de a reprise de Flor do Caribe ser confirmada ainda me vinha a esperança de me deliciar com a volta de Força de um desejo, novela que Gilberto escreveu em 1999. Talvez os mais de 220 capítulos tenham sido um empecilho, mas bem que ela poderia ter vindo no lugar de Novo mundo. Mas e Lado a lado, novela de João Ximenes Braga e Claudia Lage da qual Braga é supervisor de texto e que tem a marca dele? Para essa não tem desculpa: a trama ganhou o Emmy Internacional em 2013 e o debate racial trazido pela novela mostraria a atemporalidade de uma grande obra. Com a grade de novelas fechada %u30FC Amor de mãe e Salve-se quem puder devem começar a ser gravadas novamente em breve para voltarem no início de 2021 -, a Globo bem que poderia se lembrar de minisséries como Labirinto (1998), Anos rebeldes (1992) e a clássica Anos dourados (1986). Obras de relevância não faltam a esse grande mestre. Vem, Gilberto!

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