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Série documental mostra a saga épica de Maradona no México


 Maior ídolo do futebol argentino, Diego Maradona experimentou cocaína pela primeira vez em 1983, aos 24 anos, e desde então manteve relação íntima com a droga. Depois de ser flagrado no exame antidoping durante a Copa do Mundo de 1994, o craque passou por clínicas de reabilitação e em 2004 sofreu um enfarte como consequência de uma overdose.


 
Por capricho do destino, 14 anos depois de visitar o inferno e sobreviver por um triz, Maradona desembarcou em Culiacán, coração do temido cartel de Sinaloa, com a missão de treinar o time local da região mexicana conhecida como o principal centro de distribuição de cocaína do planeta.
Fundada no final da década de 1980 por Joaquín Guzmán Loera, mais conhecido como El Chapo, a organização criminosa já foi retratada em diversas séries e filmes, mas ganha outro olhar na produção documental Maradona no México, da Netflix. Em vez de drogas, o pano de fundo é o futebol.
 
Em sete episódios, a série acompanha os bastidores de um período pouco conhecido da carreira de Maradona, quando ele foi o treinador do Dorados de Sinaloa, clube da segunda divisão mexicana. “Limpo” há pelo menos uma década, o argentino comanda uma saga épica que quase levou a equipe à primeira divisão.


 
Maradona chega a Sinaloa completamente desacreditado, em sua pior fase profissional. Encontra o time à beira do fracasso. Logo de cara, a imprensa questiona se ele conseguiria trabalhar no coração do tráfico sem cair em tentação. O temperamento explosivo é um fator que joga contra seu talento, comprometendo o desempenho dentro e fora de campo.
 
O quinto episódio é o mais dramático: Maradona se interna em uma clínica em Buenos Aires e deixa o time à própria sorte. A boataria em Sinaloa começa e os jogadores ficam apreensivos.
 
O roteiro usa arquivos e imagens da passagem marcante de Maradona pelo México em 1986, quando o craque marcou um gol de mão contra a Inglaterra, pelas quartas de final da Copa do Mundo. O episódio ficou conhecido como “la mano de Dios”. Naquele ano, a Seleção Argentina foi campeã após vencer a Alemanha Ocidental. (Estadão Conteúdo)