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Aristocratas de 'Downton Abbey' retornam com ainda mais pompa


Tirem o pó das almofadas e deixem a prataria brilhando, porque a família de aristocratas mais querida da televisão está de volta, agora no cinema, com mais pompa do que nunca e preparada para receber a visita do rei e da rainha da Inglaterra.

Nove anos depois da exibição do primeiro episódio da série inglesa "Downton Abbey", que deixou de ser exibida em 2015 depois de seis temporadas, os Crawley estão novamente reunidos para a alegria dos fãs ao redor do mundo.

"Nunca pensei que faríamos um filme quando a série acabou, mas teve uma onda de pedidos para que houvesse um filme e finalmente isso se tornou realidade", explicou à AFP Julian Fellowes, criador e roteirista da série e do longa-metragem, na estreia mundial do filme na noite de segunda-feira no centro de Londres.

Premiada no Golden Globes e no Emmy americanos e no Bafta britânico, a série era assistida por cerca de 120 milhões em mais de 200 países.

A história conta as peripécias de uma família de aristocratas e seus empregados domésticos nos gloriosos anos de 1912 a 1925.

O filme, que chega aos cinemas britânicos na sexta-feira - e no Brasil apenas em novembro -, retoma a história a partir de 1927, um ano depois da greve geral que o mundo operário britânico enfrentará com os empresários e o governo conservador de Stanley Baldwin.

O elenco é o mesmo da série, começando com Maggie Smith, que interpreta a rabugenta condessa Lady Violet, e também há rostos novos como Imelda Staunton (a cruel Dolores Umbridge, de Harry Potter), que fará o papel de Bagshaw.

A atriz se une assim a seu marido, Jim Carter, que desempenha o papel do adorável chefe dos mordomos que se aposentou ao final da trama, Charles Carson.

- Pânico no castelo -

Apesar de o casal estar trabalhando junto, Imelda Staunton brinca, dizendo que não conseguiu ser servida por seu marido.

"E ele estava logo do outro lado da mesa!", reclama, fingindo aborrecimento, ao ser entrevistada pela AFP.

O motivo do detalhista Carson voltar ao trabalho é a visita do rei George e da rainha Mary, uma honra que provoca agitação e muito estresse na família Crawley.

"Estamos o tempo todo trocando de traje", comenta Lady Cora, a abnegada esposa americana do conde de Grantham.

Na parte de baixo da mansão, os serviçais também se envolvem com a oportunidade de exibir todas suas qualidades.

"Molesley (agora o mordomo-chefe) nunca ficou tão nervoso em sua vida", conta seu intérprete, Kevin Doyle.

Ameaçados pelos serviçais dos monarcas e temerosos de perder seu lugar na cerimônia, farão uma pequena revolução para ter a a chance servir a mesa dos reis.

Enquanto isso, Lady Violet, a rainha das intrigas, prepara sua próxima jogada. A rabugenta matriarca da família é um dos personagens favoritos do público.

E os fãs não ficarão decepcionados com alguns de seus comentários, já transformados em clássicos, como: "O que é um fim de semana???".

O longa transmite perfeitamente a nostalgia dos anos 1920 com um estilo acertado e grandes doses de glamour.

Julian Fellows consegue traçar uma história para cada um dos 20 personagens.

Dirigido pelo americano Michael Engler, o longa descreve um sem-fim de rivalidades e romances com um castelo deslumbrante como pano de fundo.

Downton Abbey, que na verdade é o Castelo de Highclere, está localizado em Hampshire, sul da Inglaterra, e não em Yorkshire, ao norte, como acontece na série.

Agora, transformou-se em um local célebre e visitado por milhares de fãs da saga familiar.

Construído em 1842 por Charles Barry, o mesmo arquiteto que fez o Parlamento de Londres, o castelo viu o número de visitantes se multiplicar desde a estreia da série e recebe anualmente 90.000 turistas.
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