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Agosto de 2019 ficará marcado como o mês em que a Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, ardeu em chamas. Tornou-se o principal assunto da mídia no planeta, trazendo grave crise para o governo brasileiro. Coincidentemente, no último dia16, a Netflix lançou Fronteira verde. A produção colombiana se passa na selva que liga o país vizinho ao Brasil. Uma investigação policial se cruza com fenômenos místicos no coração da mata.
O ponto de partida é a agente Helena Poveda (Juana del Rio), enviada à região fronteiriça pela polícia de Bogotá para investigar a morte inexplicada de quatro missionárias. Além de enfrentar o machismo dos subordinados, Helena encontra um cenário complexo e misterioso que a conecta diretamente a seu passado, pois nasceu ali e se mudou para capital ainda criança.
Helena tem a ajuda do policial Reynaldo (Nelson Camayo), descendente de indígenas. A dupla percebe que há uma dimensão mística em oposição à ação de madeireiros, caçadores e traficantes contra tribos e a floresta. A Mãe Terra tem grande poder. Yua (Miguel Ramos) e Usche (Angela Cano) são capazes de se conectar a ele, transformando-se em árvores que andam. Na cena descrita acima, ele explica a ela esse dom.
Sem clichês e em clima de tensão e mistério, a série explora a fantasia como tantas outras produzidas nos EUA e na Europa, mas sob perspectiva genuinamente sul-americana. Os episódios também abordam a vida urbana nas comunidades próximas à floresta, inclusive com diálogos em português. São oito episódios de 50 minutos, com belas tomadas aéreas da floresta feitas por drone. Um dos diretores é Ciro Guerra – indicado ao Oscar de melhor filme em língua estrangeira por O abraço da serpente (2016), também de temática amazônica –, além de Jacques Toulemonde Vidal e Laura Mora Ortega.