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Mineira Andreia Horta apresenta nova temporada de 'O país do cinema' e vai viver ex-prostituta em série do Canal Brasil

Andreia Horta está dominando o Canal Brasil. Depois de estrelar a série Elis – Viver é melhor que sonhar, um compilado mais abrangente do filme e que foi ao ar em julho, ela está em mais duas produções da emissora. “Ele (Canal Brasil) é superimportante para a nossa televisão. Estou adorando invadir a programação (risos)”, ressalta.
 
'Aquarius', com Humberto Carrão (esq) e dirigido por Kleber Mendonça Filho também está na pauta do programa do Canal Brasil - Foto: Ana Paula Amorim/Canal Brasil
 
Pelo segundo ano, a atriz mineira comanda O país do cinema. A nova temporada estreia amanhã (26), às 23h30. No quarto ano da atração, Andreia conversa com realizadores, diretores e intérpretes e coloca em pauta uma abordagem crítica e informativa da produção nacional. “A nossa curadoria buscou abordar vários assuntos que estão na ordem do dia. O programa não fica atrelado aos filmes que estão sendo lançados.
Temos produções mais recentes, como Benzinho, que é o primeiro, aliás; temos filmes mineiros como Arábia (Affonso Uchoa e João Dumans) e Baronesa (Juliana Antunes), tem um da Leila Diniz, de 1987, que discute o empoderamento e a liberdade da mulher, e muitos documentários. Estamos orgulhosos desse trabalho”, celebra.

Além de apresentar – novidade na carreira dela – a mineira de Juiz de Fora participa de todo o processo. Desde a escolha dos entrevistados, temas, até a edição. “Tem sido uma experiência muito enriquecedora. É como estar em cena. Todos os meus cinco sentidos estão muito atentos. Tem episódios (26 no total) em que tenho uma crise de choro, outro uma crise de riso.
Estou ali muito presente”, revela.

Andreia ressalta a importância da chegada de mais uma temporada de O país do cinema, ainda mais em um momento sombrio e de incertezas para o audiovisual e lembra que o programa também tem a função de promover uma reflexão. “Quando finalizamos as gravações, essas questões da Ancine e das críticas ao nosso cinema ainda não estavam tão em voga, mas a gente já intuía que não seria fácil. Porém, está ficando tão pior, que chega a ser inacreditável”, lamenta. No entanto, a atriz de 36 anos salienta que todos os entrevistados, sem exceção, se mostraram confiantes. “Quando pergunto no fim do episódio o que eles esperam, todo mundo foi unânime em afirmar que vai continuar produzindo, resistindo. Isso é o mais bacana. Não existe sociedade sem arte”, opina.

Andreia já está confirmada para estrelar novela das 21h na Globo em 2020 - Foto: Vinícius Mochizuki/Divulgação

COLÔNIA 

O outro projeto da artista no Canal Brasil, já rodado, mas ainda sem previsão de lançamento, é a série Colônia, baseada no Hospital Colônia de Barbacena, instituição psiquiátrica fundada em outubro de 1903. Andreia interpreta uma ex-prostituta que foi internada pelo amante.
Apesar de a história se passar em Minas, as locações foram todas em São Paulo. “É uma série de 10 episódios, toda em preto e branco. A história se passa em 1971 e minha personagem, assim como boa parte dos internos, não tinha nenhum problema mental, mas, como era rejeitada pela sociedade, acaba indo parar naquele lugar. Isso acontecia muito, infelizmente”, conta. A atriz não chegou a visitar Barbacena para seu laboratório, mas pesquisou muito sobre o assunto. “Conheço a cidade, porém preferi utilizar um pouco das minhas memórias. E claro li muito sobre tudo aquilo”, diz.

Atualmente morando em São Paulo, onde vai estrear ao lado de Fabrício Pietro, em outubro, a peça Jardim de inverno, inspirada no livro Revolutionary road (1961), que se transformou no filme Foi apenas um sonho (2008), com Leonardo Dicaprio e Kate Winslet, Andreia Horta comemora seu retorno aos palcos, onde tudo começou. “A minha formação foi toda ali. Depois que acabou minha faculdade de artes cênicas em São Paulo, continuei fazendo teatro. Mas meu último espetáculo foi em 2006.
Acho muito importante essa volta”, destaca.



MINEIRICE 

A atriz também está escalada para a trama global das 21h, de Lícia Manzo (A vida da gente e Sete vidas), que vai estrear em 2020. Andreia será protagonista ao lado de Cauã Reymond, mas ainda não sabe muito sobre o papel. “Sei apenas que ela será mineira, assim como eu. É legal fazer mais uma personagem mineira, assim como foi a Márcia, em JK (2006), e a Joaquina, em Liberdade, liberdade (2016)”, observa. A atriz celebra sua trajetória e diz que não consegue se imaginar fazendo outra coisa na vida: “Amo estar num set de filmagem, de novela, amo estar no palco e amo também estar nesse programa recebendo pessoas que falam e pensam sobre nossa arte e cinema”.



O PAÍS DO CINEMA
  • Quarta temporada
  • Episódios: 26 
  • Estreia: amanhã (26), às 23h30
  • Canal Brasil


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