Foram quase oito anos desde que Game of thrones foi ao ar pela primeira vez. Ao longo de 72 episódios, milhões de espectadores foram envolvidos por mistérios, reviravoltas e disputas que estavam em aberto, deixando o último capítulo da trama, exibido no domingo, ainda mais carregado de expectativas. Apesar das declarações anteriores de George R. R. Martin, autor da série literária As crônicas de gelo e fogo, na qual a produção da HBO se baseia, de que o final seria agridoce, o sabor foi totalmente amargo para quem esperava respostas importantes na história criada por David Benioff e D.B. Weiss, responsáveis ainda pelo roteiro e direção de O Trono de Ferro, que finaliza o seriado.
As atenções estavam voltadas para o desfecho da disputa pelo Trono de Ferro. Ocupado pela cruel Cersei Lannister (Lena Headey), ele foi tomado no penúltimo capítulo por Daenerys Targaryen (Emilia Clarke), que em um ataque de fúria queimou com seu dragão toda a capital, Porto Real, vitimando a inimiga, mas também milhares de inocentes.
O fato revoltou aliados e conselheiros, como Tyrion (Peter Dinklage) e Jon Snow (Kit Harington), e era esperado que eles a questionassem ou até a atacassem. Tyrion confronta a nova rainha sobre o genocídio e joga no chão seu broche de Mão da Rainha, abdicando do cargo. Acaba preso. No entanto, a grande surpresa veio quando Jon Snow, que, além de fiel aliado, mantinha relação amorosa com a Mãe dos Dragões, se encontra com ela na sala do trono e crava-lhe uma adaga no coração. Assim que Danny perde a vida, seu dragão aparece diante de Snow, mas lança suas chamas contra o Trono de Ferro, derretendo o centro do poder no reino unificado de Westeros.
Acontecimentos inesperados e morte de protagonistas sempre foram características marcantes em Game of thrones. Se não era tão absurdo pensar que Daenerys encontraria a morte em sua luta pelo trono, nem mesmo que essa viesse pelas mãos de Jon Snow, o que ocorreu a seguir foi um tanto quanto contraditório.
Daenerys contava com os fanaticamente leais e violentos exércitos de dothrakis e imaculados. Nenhum deles confrontou Jon após o “regicídio”. Ele acabou preso, para aguardar um julgamento, a despeito de a justiça ser o próprio rei, ou rainha, que no caso não mais existia.
O rei, na verdade, poderia ser o próprio Jon Snow. Como revelado na principal reviravolta da história, ele não era um bastardo, mas filho do príncipe assassinado antes dos acontecimentos mostrados na série e, por isso, herdeiro legítimo do trono. Toda sua trajetória heroica de membro da Patrulha da Noite, capaz de selar a paz com os selvagens, unir inimigos em defesa de um bem maior e descobrir ser um rei por direito foi jogada por terra quando ele é condenado a se juntar novamente à Patrulha, já extinga. A cena final mostra Jon indo para o norte da muralha (uma espécie de exílio) com o povo livre. Nem mesmo seu melhor amigo, Samwell Tarly (John Bradley-West), que cumpriu o objetivo pessoal de se tornar um meister, intercedeu por ele.
Em uma decisão comandada pelo prisioneiro Tyrion, numa reunião com chefes das casas nobres remanescentes, Brandon Stark (Isaac Hempstead-Wright) foi aclamado como novo rei. Outra surpresa. É estranho que ele tenha aceitado o título, porque vinha dizendo não ser mais Brandon Stark, mas apenas o Corvo de Três Olhos, uma entidade capaz de visualizar todo o passado de Westeros, na qual ele se transformou depois de ficar paraplégico. Com essa habilidade ele descobriu a verdadeira origem de Jon.
QUESTIONAMENTOS Além disso, o final da saga fez muita gente questionar acontecimentos passados que, teoricamente, serviriam com algum propósito. Arya (Maisie Williams), irmã de Brandon, passou boa parte da história treinando para se tornar uma assassina letal, capaz de usar as faces de suas vítimas como disfarce para matar outras pessoas. Sua motivação principal era se vingar daqueles que mataram seus pais. De uma extensa lista, ela só conseguiu eliminar dois. Cersei, seu principal alvo, morreu soterrada. A garota passou boa parte do penúltimo episódio sofrendo em meio aos ataques piromaníacos de Daenerys e ajudando a população inocente.
No último episódio, Arya não fez nada, apenas decidiu navegar para uma região desconhecida e esse foi seu fim. Ao menos sua irmã, Sansa (Sophie Turner), conseguiu a independência do Norte e foi proclamada rainha, diminuindo a lista de decepções. Apesar disso, a HBO anunciou recorde de audiência, com média de 43 milhões de espectadores por episódio (19,3 milhões só no domingo, nos Estados Unidos), mais de 10 milhões a mais em relação à 7ª.
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O fato revoltou aliados e conselheiros, como Tyrion (Peter Dinklage) e Jon Snow (Kit Harington), e era esperado que eles a questionassem ou até a atacassem. Tyrion confronta a nova rainha sobre o genocídio e joga no chão seu broche de Mão da Rainha, abdicando do cargo. Acaba preso. No entanto, a grande surpresa veio quando Jon Snow, que, além de fiel aliado, mantinha relação amorosa com a Mãe dos Dragões, se encontra com ela na sala do trono e crava-lhe uma adaga no coração. Assim que Danny perde a vida, seu dragão aparece diante de Snow, mas lança suas chamas contra o Trono de Ferro, derretendo o centro do poder no reino unificado de Westeros.
Acontecimentos inesperados e morte de protagonistas sempre foram características marcantes em Game of thrones. Se não era tão absurdo pensar que Daenerys encontraria a morte em sua luta pelo trono, nem mesmo que essa viesse pelas mãos de Jon Snow, o que ocorreu a seguir foi um tanto quanto contraditório.
Daenerys contava com os fanaticamente leais e violentos exércitos de dothrakis e imaculados. Nenhum deles confrontou Jon após o “regicídio”. Ele acabou preso, para aguardar um julgamento, a despeito de a justiça ser o próprio rei, ou rainha, que no caso não mais existia.
O rei, na verdade, poderia ser o próprio Jon Snow. Como revelado na principal reviravolta da história, ele não era um bastardo, mas filho do príncipe assassinado antes dos acontecimentos mostrados na série e, por isso, herdeiro legítimo do trono. Toda sua trajetória heroica de membro da Patrulha da Noite, capaz de selar a paz com os selvagens, unir inimigos em defesa de um bem maior e descobrir ser um rei por direito foi jogada por terra quando ele é condenado a se juntar novamente à Patrulha, já extinga. A cena final mostra Jon indo para o norte da muralha (uma espécie de exílio) com o povo livre. Nem mesmo seu melhor amigo, Samwell Tarly (John Bradley-West), que cumpriu o objetivo pessoal de se tornar um meister, intercedeu por ele.
Em uma decisão comandada pelo prisioneiro Tyrion, numa reunião com chefes das casas nobres remanescentes, Brandon Stark (Isaac Hempstead-Wright) foi aclamado como novo rei. Outra surpresa. É estranho que ele tenha aceitado o título, porque vinha dizendo não ser mais Brandon Stark, mas apenas o Corvo de Três Olhos, uma entidade capaz de visualizar todo o passado de Westeros, na qual ele se transformou depois de ficar paraplégico. Com essa habilidade ele descobriu a verdadeira origem de Jon.
QUESTIONAMENTOS Além disso, o final da saga fez muita gente questionar acontecimentos passados que, teoricamente, serviriam com algum propósito. Arya (Maisie Williams), irmã de Brandon, passou boa parte da história treinando para se tornar uma assassina letal, capaz de usar as faces de suas vítimas como disfarce para matar outras pessoas. Sua motivação principal era se vingar daqueles que mataram seus pais. De uma extensa lista, ela só conseguiu eliminar dois. Cersei, seu principal alvo, morreu soterrada. A garota passou boa parte do penúltimo episódio sofrendo em meio aos ataques piromaníacos de Daenerys e ajudando a população inocente.
No último episódio, Arya não fez nada, apenas decidiu navegar para uma região desconhecida e esse foi seu fim. Ao menos sua irmã, Sansa (Sophie Turner), conseguiu a independência do Norte e foi proclamada rainha, diminuindo a lista de decepções. Apesar disso, a HBO anunciou recorde de audiência, com média de 43 milhões de espectadores por episódio (19,3 milhões só no domingo, nos Estados Unidos), mais de 10 milhões a mais em relação à 7ª.