Completam-se nesta terça-feira (16), 130 anos do nascimento de Charles Spencer Chaplin, em Londres. Nascido numa família de artistas, emigrou para os EUA e, somente como Charles Chaplin, virou um dos artistas mais conhecidos - e amados - do século 20. Criou um personagem emblemático, Carlitos. A data não vai passar em branco. A Rede Telecine, no seu canal de cults, anuncia uma extensa programação - começa com O Garoto, às 13h25, e prossegue durante toda a parte da noite com Em Busca do Ouro, O Circo, Um Dia Bem Passado, Luzes da Cidade, Idílio Campestre, Tempos Modernos, Dia de Pagamento, para encerrar-se, à 0h40, com Luzes da Ribalta.
Leia Mais
'Game of thrones' mudou patamar de produção e jeito de narrar sériesVida de Silvio Santos vai virar musicalDe volta à TV Globo, Paloma Duarte vive mãe adotiva em 'Malhação'Estreia na Globo série filmada em Minas e já exibida em streamingNova edição de 'Quando Nietzsche chorou' chega ao mercado Mia Couto apresenta suas reflexões sobre Grande sertão: veredasPetrobras corta verbas de 11 projetos culturaisNos filmes mudos, o movimento era acelerado e Chaplin criou seu vagabundo - com bengalas, chapéu-coco e sapatos imensos furados - como um malabarista diante da vida. Quando os movimentos de Carlitos ficaram naturalistas, quem perdeu o rumo foi ele. Chaplin, o cineasta, resistiu ao som. Fez, no sonoro, filmes mudos com música (Luzes da Cidade), com diálogos nonsense (Tempos Modernos).
Quando incorporou a palavra foi para criar o discurso final do barbeiro judeu que, em O Grande Ditador, se fez passar pelo ditador inspirado em Hitler. Um discurso humanista.
Foi viver na Suíça. Voltou a Hollywood somente em 1972, quando recebeu o Oscar pela trilha de Luzes da Ribalta, que estreara somente naquele ano. Pode ser que para uma nova geração formada no videogame, o cinema de Chaplin pareça ultrapassado. Não é. Carlitos segue sendo um símbolo de resistência. Ainda se pode rir muito com ele, e pensar.
.