Crashing, sitcom da HBO, apresentou dessa maneira Pete Holmes, personagem do comediante... Pete Holmes. O projeto foi criado pelo próprio em parceria com Judd Apatow (diretor de O virgem de 40 anos e Ligeiramente grávidos; produtor das séries Love e Girls).
Pois foi fazendo graça com seu alter ego e colocando a própria trajetória na televisão que Pete Holmes conseguiu emplacar sua história nos palcos de clubes nova-iorquinos de stand up. Na série semibiográfica, em que personagens reais aparecem como eles próprios, a vida dos comediantes é passada a limpo de maneira nada glamourosa, mas inteligente e, por vezes, deveras engraçada.
Já em sua terceira temporada – os oito episódios inéditos são exibidos aos domingos no canal pago –, Crashing deu uma guinada. No primeiro ano, acompanhamos Pete tentando se reinventar. Ao sair de casa após a traição, é jogado na noite nova-iorquina sem um tostão no bolso e tem que se virar. Isso inclui pôr a cara (um tanto inocente demais) para bater e tentar, madrugada após madrugada, alguns minutos no palco de um clube de comédia.
CRISTÃO A despeito dos percalços, Pete, cristão fidelíssimo, enxerga tudo com muita positividade – o que pode ser um tanto irritante para visões mais pragmáticas do mundo. A segunda temporada tem início com Pete vivendo na garagem do homem que se tornou o amante de sua mulher, trabalhando numa sorveteria em que é obrigado a cantar uma música ridícula e distribuindo folhetos de um clube de comédia de Manhattan para conseguir subir ao palco. E sem esmorecer, vale dizer. Sua visão deveras positiva do mundo é colocada à prova quando um cara que conhece coloca sua fé em xeque.
A felicidade que Pete tanto almeja só começa a dar as caras no terceiro ano de Crashing. Depois de uma turnê de dois meses, ele volta a Nova York. Estabelecido como comediante (são no palco os melhores momento da série), arruma uma namorada que o estimula a ser mais agressivo na carreira. O que virá a seguir?