Animação Family guy dará um tempo de piadas sobre gays

Os produtores-executivos da produção falaram em defesa do politicamente correto: a cultura muda e nós mudamos também

por Correio Braziliense 15/01/2019 16:15
Divulgação/FX
(foto: Divulgação/FX)
Famoso pelo apelo político e piadas ácidas, a animação Family guy é uma das mais famosas do ocidente. O desenho produzido pelo canal norte-americano Fox, entretanto, não seguirá mais na linha do politicamente incorreto. Em entrevista ao portal TV Line, Rich Appel e Alec Sulkin comentaram sobre como fazer um programa com este tipo de conteúdo na contemporaneidade, e se colocaram a favor do humor com limites, e do politicamente correto.

"Se você olhar para o programa em 2005 ou 2006 e colocar do lado os episódios de 2018 ou 2019 haverá algumas diferenças. Algumas coisas que achávamos confortáveis e fazíamos piadas, hoje entendemos que não é mais aceitável", afirmou Sulkin.

Family guy estreou em janeiro de 1999, na época, sob as mãos de Seth McFarlane. Entre o fim de várias outras produções do gênero, o desenho foi um dos poucos que conseguiu sobreviver até 2019. "A cultura muda, e isso não é significa que devemos ficar na posição de falar 'Eles não deixam mais a gente falar certas coisas!'. Não, de forma alguma, nós mudamos também. O clima é diferente, a cultura é diferente e nossos telespectadores são diferentes. Eles sabem da realidade ao nosso redor, então eu acho sim que devemos mudar, e envolver de todas as formas", acrescentou Sulkin.

Política
Recentemente o programa sofreu críticas após mostrar o atual presidente norte-americano Donald Trump levando uma surra. Sobre o assunto, Sulkin lembrou que o programa não tem uma bandeira partidária e brinca com todos: "Nós atiramos para todos os lados. Nós fizemos piadas com os Clintons e Barack Obama. Não é como se evitássemos alguém porque votamos de um jeito ou de outro. Nós apontamos as coisas idiotas que eles fazem".

Sobre o assunto, Appel concordou com o colega: "Nós não queremos politizar uma agenda. A mentira e hipocrisia na esfera pública tem de ser apontada".
 

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