É quase imediata a associação entre Dalton Vigh e Said, o árabe de O clone. Lá se vão quase 18 anos que a novela de Glória Perez foi ao ar, abordando a cultura muçulmana e a clonagem humana. Porém, até hoje o ator não só é lembrado, como chamado de Said nas ruas. “Acontece bastante (risos). Também recebo muitas mensagens e até cartas de outros países por conta desse personagem”, revela.
Desde maio, Dalton Vigh está no ar em As aventuras de Poliana, novela do SBT/Alterosa. Ele faz o papel de Otto Pendleton, homem sério e misterioso que mora na vizinhança de Luísa (Thaís Melchior) e Poliana (Sophia Valverde). A trama de Iris Abravanel marca a volta do ator à emissora de Silvio Santos, depois de 20 anos. Em 1998, o carioca protagonizou Pérola negra, ao lado de Patrícia de Sabrit.
Dalton, de 54 anos, comemora o retorno à emissora.
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Dalton Vigh tem experimentado outras novidades em As aventuras de Poliana. Uma delas é abordar assuntos complexos de maneira mais leve. “Apesar de ser uma novela infantil, foi a primeira vez que fiz cenas discutindo a existência de Deus. Estou achando interessante a forma como temas profundos são tratados com leveza e explicados para esse público. É um tipo de questionamento interessante”, ressalta.
FENÔMENO
Desde a estreia, em maio, As aventuras de Poliana é um fenômeno de audiência na TV e na internet. Dalton diz que é praticamente impossível saber ao certo por que motivo uma trama funciona. Ele frisa que não existe receita para o sucesso.
No caso de Poliana, o ator ressalta o fato de a história já ser conhecida.
Além de Poliana, que deve ficar no ar até o fim de 2019, o novo ano reserva vários projetos para o ator, principalmente no cinema. Entre eles estão a segunda parte de Nada a perder, trilogia sobre a trajetória do bispo Edir Macedo, o longa Kardec e o filme policial A divisão, que será transformado em série e tem duas temporadas garantidas no Multishow.
“O que mais gosto na minha profissão é a possibilidade de você se colocar no lugar do outro, viver outras vidas. Experimentar coisas que não vivenciaria em uma encarnação”, diz.
Entre os personagens de destaque de sua carreira, ele cita Venturinha, em Tocaia grande (1995), na Manchete (seu primeiro papel na televisão); e os vilões Clóvis, em O profeta (2006), e Ferraço, em Duas caras (2007), na Globo. Lembra também seu último papel na emissora carioca: Raposo, em Liberdade, Liberdade (2016), série sobre Joaquina, a filha de Tiradentes.
Cria do cinema
Desde criança, Dalton Vigh sonhava ser ator. Porém, ele começou relativamente tarde no ofício. O carioca morava em São Paulo e acabou optando pelo curso de publicidade, pois achava que dessa forma poderia manter contato com as artes, já que sempre gostou de desenhar. “Fui muito influenciado pelo cinema, ia sempre que podia. Muitas vezes, quando gostava bastante de um filme, assistia à sessão seguinte. Na minha infância, incorporava nas brincadeiras filmes que via.
TRAJETÓRIA
TELEVISÃO
» 1995 – Tocaia grande
» 1996 – Xica da Silva
» 1997 – Os ossos do barão
» 1998 – Pérola negra (foto)
» 1999 – Andando nas nuvens
» 2001 – O clone
» 2003 – A casa das sete mulheres
» 2004 – Malhação
» 2005 – Começar de novo
» 2006 – O profeta
» 2007 – Duas caras
» 2009 – Negócio da China
» 2009 – Cinquentinha
» 2010 – S.O.S. Emergência
» 2011 – Fina estampa
» 2012 – Salve Jorge
» 2015 – I love Paraisópolis
» 2016 – Liberdade, Liberdade (foto)
» 2018 – As aventuras de Poliana
CINEMA
» 1995 – O porão
» 1999 – Por trás do pano
» 2004 – Vida de menina
» 2005 – Mais uma vez amor
» 2006 – Mulheres do Brasil
» 2011 – Corpos celestes
» 2014 – Jogo da memória
» 2016 – Meu amigo hindu
» 2017 – A comédia divina
» 2018 – Nada a perder.