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A gênese da série são quatro novelas do britânico Luke Jennings lançadas em 2014 apenas digitalmente, que, com a adaptação televisiva, foram compiladas no livro 'Codename Villanelle', que chegou aos EUA simultaneamente ao seriado. Villanelle, no caso, é a órfã russa que, depois de matar os assassinos do pai (um gângster), é recrutada por um grupo secreto para se tornar assassina de aluguel. Eve Polastri é a agente do MI5 (serviço britânico de segurança interna) que sai no encalço dela.
Eve Polastri (Sandra Oh) está em primeiro plano. Killing Eve mostra o embate entre as duas mulheres. No início da narrativa, Eve tem um cargo burocrático no MI5. No escritório londrino, é a única que acredita que assassinatos em diferentes países e aparentemente sem qualquer ligação foram cometidos por apenas uma pessoa – mulher, jovem e misteriosa.
Porém, ao descobrir Villanelle (a atriz britânica Jodie Comer), Eve é também descoberta. A jovem assassina tem pinta de serial killer. Mata com boas doses de crueldade e criatividade, sem qualquer culpa. É capaz de perguntar para uma de suas vítimas sobre a marca de uma colcha, assassiná-la e, depois, comprar um exemplar idêntico para seu apartamento em Paris.
A série evolui em clima de gato e rato, nada muito diferente dos thrillers de espionagem. A graça está nos detalhes. Sandra Oh constrói sua Eve fora de qualquer padrão de espião. Casada com um polonês de boas intenções, leva uma vidinha chata de tão normal. Desajeitada e sem muito traquejo social, deixa a mediocridade de lado apenas no trabalho. Brilhante, é desacreditada por seus pares, até conseguir convencer uma velha agente um tanto esquisita (a ótima Fiona Shaw) de que Villanelle é real.
MALA Villanelle resolve se comunicar com ela por meio de detalhes. Rouba, por exemplo, a mala de Eve na Alemanha e a devolve em Londres com uma série de roupas novas de marcas importantes. Ao longo dos episódios, perseguidora e perseguida vão trocando de papéis, em uma narrativa com boas surpresas e ótimas atuações.
Não é nada absolutamente original, vale dizer. Mas ao misturar suspense, drama e comédia, Killing Eve consegue eficiência bem acima da média.
KILLING EVE
>> Os oito episódios da primeira temporada estão disponíveis na Globoplay