Com duas indicações ao Globo de Ouro – série dramática e atriz em série dramática para Sandra Oh –, Killing Eve, uma das sensações deste ano, levou um tempinho para estrear no Brasil. Lançada em abril pelo canal BBC America, chegou há pouco mais de um mês ao catálogo da Globoplay.
São oito episódios – com mais oito já confirmados para a segunda temporada – de um thriller dramático que, volta e meia, tem lances divertidos. Isso graças ao timing de Sandra Oh – desde que deixou Grey’s anatomy (e já se vão quatro anos), a atriz ainda não tinha ganho um papel tão interessante.
A gênese da série são quatro novelas do britânico Luke Jennings lançadas em 2014 apenas digitalmente, que, com a adaptação televisiva, foram compiladas no livro 'Codename Villanelle', que chegou aos EUA simultaneamente ao seriado. Villanelle, no caso, é a órfã russa que, depois de matar os assassinos do pai (um gângster), é recrutada por um grupo secreto para se tornar assassina de aluguel. Eve Polastri é a agente do MI5 (serviço britânico de segurança interna) que sai no encalço dela.
Eve Polastri (Sandra Oh) está em primeiro plano. Killing Eve mostra o embate entre as duas mulheres. No início da narrativa, Eve tem um cargo burocrático no MI5. No escritório londrino, é a única que acredita que assassinatos em diferentes países e aparentemente sem qualquer ligação foram cometidos por apenas uma pessoa – mulher, jovem e misteriosa.
Porém, ao descobrir Villanelle (a atriz britânica Jodie Comer), Eve é também descoberta. A jovem assassina tem pinta de serial killer. Mata com boas doses de crueldade e criatividade, sem qualquer culpa. É capaz de perguntar para uma de suas vítimas sobre a marca de uma colcha, assassiná-la e, depois, comprar um exemplar idêntico para seu apartamento em Paris.
A série evolui em clima de gato e rato, nada muito diferente dos thrillers de espionagem. A graça está nos detalhes. Sandra Oh constrói sua Eve fora de qualquer padrão de espião. Casada com um polonês de boas intenções, leva uma vidinha chata de tão normal. Desajeitada e sem muito traquejo social, deixa a mediocridade de lado apenas no trabalho. Brilhante, é desacreditada por seus pares, até conseguir convencer uma velha agente um tanto esquisita (a ótima Fiona Shaw) de que Villanelle é real.
MALA Villanelle resolve se comunicar com ela por meio de detalhes. Rouba, por exemplo, a mala de Eve na Alemanha e a devolve em Londres com uma série de roupas novas de marcas importantes. Ao longo dos episódios, perseguidora e perseguida vão trocando de papéis, em uma narrativa com boas surpresas e ótimas atuações.
Não é nada absolutamente original, vale dizer. Mas ao misturar suspense, drama e comédia, Killing Eve consegue eficiência bem acima da média.
KILLING EVE
>> Os oito episódios da primeira temporada estão disponíveis na Globoplay
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A gênese da série são quatro novelas do britânico Luke Jennings lançadas em 2014 apenas digitalmente, que, com a adaptação televisiva, foram compiladas no livro 'Codename Villanelle', que chegou aos EUA simultaneamente ao seriado. Villanelle, no caso, é a órfã russa que, depois de matar os assassinos do pai (um gângster), é recrutada por um grupo secreto para se tornar assassina de aluguel. Eve Polastri é a agente do MI5 (serviço britânico de segurança interna) que sai no encalço dela.
Eve Polastri (Sandra Oh) está em primeiro plano. Killing Eve mostra o embate entre as duas mulheres. No início da narrativa, Eve tem um cargo burocrático no MI5. No escritório londrino, é a única que acredita que assassinatos em diferentes países e aparentemente sem qualquer ligação foram cometidos por apenas uma pessoa – mulher, jovem e misteriosa.
Porém, ao descobrir Villanelle (a atriz britânica Jodie Comer), Eve é também descoberta. A jovem assassina tem pinta de serial killer. Mata com boas doses de crueldade e criatividade, sem qualquer culpa. É capaz de perguntar para uma de suas vítimas sobre a marca de uma colcha, assassiná-la e, depois, comprar um exemplar idêntico para seu apartamento em Paris.
A série evolui em clima de gato e rato, nada muito diferente dos thrillers de espionagem. A graça está nos detalhes. Sandra Oh constrói sua Eve fora de qualquer padrão de espião. Casada com um polonês de boas intenções, leva uma vidinha chata de tão normal. Desajeitada e sem muito traquejo social, deixa a mediocridade de lado apenas no trabalho. Brilhante, é desacreditada por seus pares, até conseguir convencer uma velha agente um tanto esquisita (a ótima Fiona Shaw) de que Villanelle é real.
MALA Villanelle resolve se comunicar com ela por meio de detalhes. Rouba, por exemplo, a mala de Eve na Alemanha e a devolve em Londres com uma série de roupas novas de marcas importantes. Ao longo dos episódios, perseguidora e perseguida vão trocando de papéis, em uma narrativa com boas surpresas e ótimas atuações.
Não é nada absolutamente original, vale dizer. Mas ao misturar suspense, drama e comédia, Killing Eve consegue eficiência bem acima da média.
KILLING EVE
>> Os oito episódios da primeira temporada estão disponíveis na Globoplay