Na terceira temporada de #MeChamaDeBruna, que estreia nesta sexta-feira (7), às 23h, no canal por assinatura Fox Premium 1, Raquel Pacheco ou Bruna Surfistinha (papel de Maria Bopp) enfrenta os dramas da profissão que escolheu.
A adolescente cresceu, assim como seus problemas e responsabilidades. É uma das prostitutas mais requisitadas de São Paulo, mas isso não traz apenas benesses e dinheiro. Com a fama vêm desassossego, inveja e os perigos vivenciados no dia a dia.
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"O tema da prostituição é cada vez mais trabalhado nas TVs aberta e fechada, em séries e novelas. Muito antes, na literatura, Manuel Bandeira, Oswald de Andrade, Carlos Drummond de Andrade e até José de Alencar contavam histórias sobre mulheres que se prostituíam", lembra Maria Bopp.
FANTASIA A atriz acredita que graças a Bruna, a fantasia em torno desse universo foi deixada um pouco de lado e as prostitutas ganharam voz própria. "Devemos muito a Raquel Pacheco por esse movimento. Quando ela surgiu, não havia prostitutas que falavam de si. Ninguém fez como ela, que contou as próprias experiências abertamente num blog, sem nenhum pudor, sem pedir licença. Tanto que gerou a comoção que gerou”, enfatiza Maria.
Porém, a atriz não considera #MeChamaDeBruna uma produção feminista. “A série é interessante por humanizar a história da Raquel Pacheco, a vida da garota de programa, trazendo essa história para a primeira pessoa. E trata de maneira muito responsável as diversas histórias e motivos pelos quais uma mulher decide se prostituir”, pondera.
De acordo com ela – que se diz feminista e respeita o feminismo como “movimento social e político” – a atração do Fox Premium é, sobretudo, uma obra de entretenimento. “Foi ao ar sem um objetivo político.”
Maria Bopp, porém, admite que #MeChamaDeBruna deve ganhar “novos significados” diante da onda de conservadorismo que se alastra pelo mundo.