Uai Entretenimento

Série Fugitiva denuncia a violência consentida do machismo



Com doses de suspense e ação, um dramalhão espanhol discute – a sério – o papel da mulher. Essa é a premissa de Fugitiva, seriado que estreia nesta sexta-feira (23), na Netflix. A atração entra no catálogo da plataforma para integrar o time de peso de produções em castelhano formado por La casa de papel, La casa de las flores e Las chicas del cable.

Na trama criada por Joaquín Oristrell, a ex-modelo mexicana Magda Escudero (Paz Vega) se aproveita de um sequestro para escapar de Alejandro (Julio Bracho), o marido violento. Ela foge com os três filhos para a Espanha. A temporada se passa em apenas 90 horas, acompanhando os personagens enquanto assumem novas identidades e são perseguidos por criminosos.

Roberto Álamo interpreta José K, o investigador contratado para encontrar Magda. Arantza Ruiz, Luisa Rubino, José Manuel Poga e Mercedes Sampietro também fazem parte do elenco.

Mais do que uma trama criminal com violência gratuita, a série se propõe a abordar o empoderamento feminino, feminicídio e relacionamentos abusivos. Põe em destaque a luta de uma vítima de abuso doméstico para proteger os filhos. Magda Escudero aprende a superar os próprios limites para garantir a segurança da família.

Em entrevista para o jornal mexicano El Universal, o ator Julio Bracho definiu a série como um thriller policial que põe em foco a violência de gênero, sofrida por Magda.
“Não só a violência do México, mas o terrorismo familiar”, comentou, referindo-se a seu personagem, Alejandro, o marido abusador.

* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria.