Lançada na sexta-feira (10) pela Netflix, a série Insatiable (Insaciável) recebeu uma enxurrada de críticas por parte dos que a consideram homofóbica e depreciativa em relação às pessoas gordas e transgênero. Os criadores da produção a defendem como sendo uma comédia mordaz que busca estimular o debate.
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Os comentários negativos, que surgiram desde a divulgação do trailer, aumentaram depois que o serviço de streaming disponibilizou os 12 episódios. Considerado um dos principais sites de crítica do mundo, o Rotten Tomatoes avaliou 'Insatiable' com nota média de 2.45, conquistando apenas 15% de aprovação. O jornal britânico The Guardian afirmou que a série é "apenas o mais recente exemplo de que a Netflix não entende os adolescentes".
Os opositores da série criticam a maneira como ela trata a homossexualidade, ironizando o desejo reprimido da melhor amiga Patty por ela.
Num dos diálogos, uma jovem que divulga inadvertidamente uma foto sua em que aparece nua explica que temia, a princípio, que as pessoas a considerassem “uma piranha”. Mas “agora pensam que sou lésbica. É muito pior”, diz. Em outra cena, Patty e uma mulher transgênero comparam os gordos com os trans e dizem que ambos desejam mudar de corpo.
“No mínimo, provocará discussões”, afirmou a atriz Alyssa Milano, que interpreta Coralee, mulher de Bob (Dallas Roberts), advogado que abraça a “causa” vingativa de Patty.
A vice-presidente de conteúdos originais da Netflix, Cindy Holland, explicou que a série “foi concebida como uma sátira”. Lauren Gussis, a criadora de Insatiable, disse que se inspirou em sua própria história. “A série é uma lição que mostra até que ponto pode ser destrutivo acreditar que a aparência é mais importante que a personalidade. Por favor, deem uma chance a esta série”, pediu. (AFP)
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