Andreia Horta assume o comando de 'O país do cinema' no Canal Brasil

Durante a temporada, a atriz entrevista atores, diretores e roteiristas. No episódio de estreia, o bate-papo é com a diretora Laís Bodanzky e atriz Maria Ribeiro

por Márcia Maria Cruz 24/07/2018 11:11
Juliana Torres/Divulgação
É a primeira vez que a atriz mineira atua como apresentadora de TV (foto: Juliana Torres/Divulgação)
A atriz Andreia Horta comandará a próxima temporada do programa O País do Cinema. Atração vai ao ar no Canal Brasil a partir de quinta (26/07). Desde terça (24/07), os três primeiros episódios podem ser vistos no Canal Brasil Play.

Com 26 episódios dirigidos por Marcello Ludwig Maia, a temporada trará entrevistas com os atores Camila Pitanga, Leandra Leal, Lázaro Ramos, Camila Morgado e Cauã Reymond. Ainda participaram da conversa com Andreia os diretores Julio Bressane, Bráulio Mantovani, Cláudio Assis, Sérgio Rezende, Carolina Jabor, Jorge Durán e Hilton Lacerda.

No episódio de estreia, Andreia entrevista Laís Bodanzky e Maria Ribeiro, diretora e protagonista, respectivamente, de Como Nossos Pais (2017). “Maria é minha amiga. A Laís conheço há muito tempo. O episódio fala da mulher com a mãe, filha com a mãe, filha com o pai. Trata da mulher em relação”, adianta Andreia.
 
É a primeira vez que a atriz comanda programa de TV e atua como apresentadora. “O desafio é a preparação para conversar com essas pessoas. Estar por dentro do que fizeram, das realizações.” Andreia assume o lugar da atriz Fabiula Nascimento, que está no ar na novela Segundo sol. Nos bate-papos, Andreia revela os bastidores da produção cinematográfica brasileira. 

A curadoria realizado por Marcello Ludwig Maia, que assina a direção do programa, não se restringe apenas aos lançamentos. Busca filmes com temáticas atuais.
Andreia destaca que O País do cinema é o único programa da TV brasileira dedicado à análise da filmografia contemporânea. “Estou muita interessada em poder conversar sobre os 26 filmes. Falo com diretores de arte, produtores, atores e roteiristas, enfim cineastas de todas as gerações”, afirma.
 
A curadoria leva em conta filmes dirigidos por mulheres e que abordam a situação atual do Brasil. “Foi uma curadoria muito humana, que busca essa fala engajada”, afirma. Esse recorte de filmes mostra parte relevante da produção contemporânea. “Tenho festejado muito por ter visto filme em que as pessoas prestam atenção ao Brasil”, diz. 
 
A amostra permite ver como os realizadores driblam a falta de verba destinada à cultura no país. “Fazem filme com nenhum dinheiro. Ruy Guerra e Júlio Bressane, por exemplo, filmam desde a década de 1950. Fizeram filme na raça, sem apoio do estado. São pessoas que precisam falar do Brasil maneira apaixonada e olhar atento”, completa.
 
Andreia destaca a qualidade plástica dos filmes. “Não devem em termos estéticos. Coisa muito brasileira. Por exemplo, O nome da morte (2017), a fotografia rasga o Brasil profundo”, diz sobre a produção dirigida por Henrique Goldman e estrelado por Fabiula Nascimento. 

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