Executivo da Netflix é criticado por declaração sobre '13 Reasons Why'

Reed Hastings afirmou que as pessoas não têm obrigação de assistir a produção, após a série ser acusada de provocar um impacto negativo em crianças e adolescentes

por Estadão Conteúdo 07/06/2018 17:54
Beth Dubber/Netflix
A série continua acompanhando os impactos do suicídio de Hannah Baker (foto: Beth Dubber/Netflix)
Reed Hastings, CEO da Netflix, recebeu críticas de grupos de pais após sua resposta ao questionamento feito por acionistas da plataforma de streaming sobre a renovação da terceira temporada da série 13 Reasons Why e o impacto que a série tem em adolescentes.

Durante o encontro anual de investidores que aconteceu na quarta-feira, 6, Hastings disse que as pessoas não têm obrigação de assistir a produção. "13 Reasons Why vem sendo extremamente popular e envolvente. É controverso, mas ninguém é obrigado a assistir a série", disse Hastings.

A declaração causou polêmica entre grupos que defendem que a série provoca um impacto negativo em crianças e adolescentes que já sofrem com depressão e outros problemas abordados na produção. "Ele [Hastings] proclamou que os ganhos financeiros para a Netflix importam mais do que as consequências reais da sua programação", disse Tim Winter, presidente do grupo Parents Television Council, em comunicado para o site Deadline.

"A Netflix montou uma bomba-relógio para crianças e adolescentes com 13 Reasons Why. Os temas e conteúdos abordados na segunda temporada são piores do que esperávamos", continuou. "Nós reprovamos a renovação da série e a companhia potencialmente já tem sangue nas mãos por mantê-la no seu catálogo", completou Winter.

A segunda temporada de 13 Reasons Why foi lançada na Netflix no dia 18 de maio e o roteiro continua a acompanhar o impacto que o suicídio de Hannah Baker teve nos estudantes da Liberty High School. Um dos pontos mais criticados no enredo da temporada envolveu um potencial tiroteio na escola.

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