Terrorismo e militarismo são duas questões centrais da segunda temporada de 3%, que entra no ar nesta sexta-feira (27) na Netflix. Primeira série brasileira da plataforma de streaming, a atração estreou em 2016 como um Jogos vorazes tupiniquim, pois basicamente tratava de meritocracia e desigualdade social, premissas do blockbuster. A série ganhou mais personagens, cenários, narrativas e episódios (são 10, contra os oito do primeiro ano).
“3% é uma metáfora da vida. No caso da segregação social, tem quem se contente com isso e tem quem ache que pode se resolver sozinho, por seus méritos ou privilégios. Há os privilegiados que resolvem compartilhar o que têm e fazer do mundo um lugar melhor. Há o rico dizendo que acha que está tudo bem. E tem a oposição, que busca uma forma mais radical de reagir ao sistema”, comenta a atriz Laila Garin, uma das aquisições da nova temporada.
Laila interpreta Marcela, a chefe da divisão militar do Maralto, lugar privilegiado onde, no mundo distópico da série, só 3% da população tem direito a viver. O primeiro ano mostrou como se dá esse processo de entrada – aos 20 anos, jovens que vivem no Continente têm de passar por provas para chegar ao Maralto.
A segunda temporada mostra a tentativa de realização do Processo 105, com embates nos dois mundos: Maralto e Continente.
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3% é apontada pelos executivos da Netflix como exemplo de sucesso de uma produção internacional. “Nunca passou pela minha cabeça pensar que assistiriam a essa série na Coreia do Sul, como ocorreu. Agora, os números de exibição nem a gente sabe”, comenta Pedro Aguilera, criador da atração.
Seja como for, tanto Aguilera quanto Bianca já vão se preparando para novos voos – os dois contam com agentes nos EUA. “Ainda não tenho nada (de efetivo), mas já é um início”, conclui a atriz.
*A repórter viajou a convite da Netflix.