La casa de papel. Você ama ou ignora. Há quem defenda, há quem diga que é para amadores. Lançada pela Netflix sem estardalhaço e sem elenco de estrelas, a série arrebatou milhares de fãs mundo afora. Nesta sexta-feira (6), estreia a segunda e última temporada (com seis episódios), que trará o desfecho do plano (infalível?) de um grupo de ladrões liderado pelo gênio “Professor” (Álvaro Morte), de roubar a Casa da Moeda da Espanha e imprimir o máximo possível de cédulas antes de fugir.
Triunfarão os bandidos ou os mocinhos? Sem spoiler: a única garantia é que a segunda temporada se mantém fiel à proposta da série, com a mesma pegada espetacular e conseguindo manter o clímax da abertura. Haverá fãs aplaudindo, como também jogando pedra! Os românticos vão vibrar, outros acharão adocicado demais.
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Até o “the end”, ação, drama, policial, suspense, aventura e romance estarão presentes. Todos saberão o destino de Nairóbi (Alba Flores), Esther Acebo (Mónica), Itziar Ituño (Raquel Murillo), Jaime Lorente (Denver), Miguel Herrán (Rio), Helsinque (Darko Peric), Úrsula Corberó (Tóquio), Pedro Alonso (Berlim) e companhia. Outra certeza: a fórmula suspense mais romance, crise existencial e pessoal, sustentada por um plano inteligente e doses de tiros e tensão vai garantir o público ligado. E sedento pelo próximo capítulo.
A história é eletrizante. Desde o primeiro episódio, o espectador fica louco para saber o que ocorrerá em seguida. Tática difícil de falhar. Se você é curioso, então, vai se jogar nessa teia. Uma parcela dos críticos decreta a série como “sacada”, com cenas inverossímeis além da conta, novelão. Antes de mais nada, La casa de papel é entretenimento – e tem qualidade. Despretensiosa, sim, mas envolvente, com cenários de impacto, figurino bem pensado, atores corretos (alguns questionáveis!), ótima trilha sonora – com a música-tema, My life is going on, cantada pela espanhola Cecilia Krull, e Bella ciao, símbolo da resistência italiana contra o fascismo.
A trama é narrada pela protagonista Tóquio, a bela bandida sangue-quente. O grande astro é um gênio do crime: “Professor”, que planeja o assalto para realizar o sonho do pai bandido. Não esperem nada de novo. Há cenas previsíveis, algumas com ar de déjà vu e outras inspiradas em obras conhecidas. Quando o dinheiro voa pelos ares, quem não se lembra de O grande golpe, de Stanley Kubrick?
Nada disso ofusca o poder de atração desta série. O grupo de criminosos é envolvente. Tão sedutor que ganha o espectador e o faz deixar o politicamente correto de lado. Todos passam a torcer pelos bandidos. Até o fim. Vale destacar o papel das duas mulheres do bando. Tóquio e Nairóbi são empoderadas, líderes.
Enfim, La casa de papel é uma ótima série. Ponto. Cumpre sua proposta até o último episódio. Nada mais do que isso.
Abaixo, assista o trailer da segunda parte de La casa de papel:
LA CASA DE PAPEL
Criação: Álex Pina. Estreia nesta sexta-feira (6) a última temporada, na Netflix.