A partir desta segunda (8), a Rede Minas deixa de exibir o programa de entrevistas Roda viva e passa a ocupar esse horário da programação (22h15) com uma atração produzida em Belo Horizonte, com formato semelhante. Conduzido pelo jornalista Florestan Fernandes e com uma bancada de entrevistadores convidados dispostos em círculo, o Voz ativa coloca um entrevistado no centro de suas atenções a cada semana.
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Além de abordar a situação do teatro no mundo e a experiência específica do Teatro Oficina, de Zé Celso, a conversa girará em torno das recentes tentativas de censura às artes e do papel da cultura diante da crise. A lista de futuros entrevistados do Voz ativa inclui Celso Athayde, da Central Única das Favelas (CUFA), a filósofa Djamila Ribeiro, o secretário de Cultura de Belo Horizonte, Juca Ferreira, o sociólogo Jessé Souza, o coreógrafo Rodrigo Pederneiras e o estilista Ronaldo Fraga. “Os temas não se esgotam no programa. Queremos, por exemplo, conversar com Rodrigo (Pederneiras) sobre se existe ou não uma linguagem brasileira da dança, que linguagem é essa e como identificá-la. A moda está reclamando uma discussão sobre o seu papel. Por isso chamamos o Ronaldo (Fraga)”, diz Chico de Paula, diretor do programa.
RÁDIO - O programa terá uma edição especial para rádio, com uma hora de duração, às terças-feiras, a partir do dia 9, às 21h, na Inconfidência FM. Aos domingos, a partir do dia 14, às 22h, irá ao ar também pela Inconfidência AM. Sobre a escolha do mediador, Chico de Paula afirma: “Florestan já desempenhou esse papel e está próximo do pensamento e modelo de jornalismo que norteia o programa”.
Para além da atuação destacada dos entrevistados, o diretor diz que “a proposta é dar voz ativa a quem tem papel relevante para tratar sobre determinado tema e não tem espaço na mídia. Dentro disso, ouviremos todas as vozes, independentemente de posição partidária”. Com pretensão de dar alcance nacional ao programa de entrevistas, a Rede Minas firmou parceria com o jornal El País, que terá cadeira cativa na bancada de entrevistadores e participação na definição dos temas.
A estratégia inclui a divulgação do programa em diferentes formatos, não só na TV, mas envolvendo também mídias como Facebook, YouTube, Instagram e Twitter. “A TV deixa de ser o canal exclusivo de divulgação e nos aproximamos do modo contemporâneo de assistir ao audiovisual com o uso do streaming”, afirma o diretor. O programa será transmitido via internet pelos canais do El País. “O debate não se extingue no programa. Faremos o recorte e abordagens das questões e temas para que a discussão aconteça em outros canais. Queremos nos aproximar da opinião de quem está assistindo”, diz Chico de Paula.
O compositor Chico Buarque cedeu o direito de uso da música Roda viva para a abertura do programa. Será usada a versão interpretada por Fernanda Porto.