Estrela vermelha em boné é coberta na Globo e público aponta censura

Quadrinista Gabriel Bá costuma usar adereço semelhante ao de Fidel Castro, mas símbolo foi escondido no 'Conversa com Bial'

Diário de Pernambuco
No programa, estrela foi escondida com fita isolante. - Foto: Globo e Facebook/Reprodução
Uma estrela vermelha costurada na parte frontal do boné utilizado pelo cartunista Gabriel Bá foi encoberta durante a participação do artista no Conversa com Bial, na noite desta terça-feira (27).
 
Ele, que estava acompanhado do irmão gêmeo, Fábio Moon, e a Globo estão sendo alvo de críticas nas redes sociais por cobrir o símbolo com fita isolante preta, atitude vista pelos espectadores como ''censura'', uma vez que o adereço é semelhante ao que costumava ser usado por Fidel Castro, ex-governante de Cuba. 


''Entrevista muito boa com o Gabriel Bá e o Fábio Moon no Conversa com Bial! Só a censura ao boné do Bá que ficou feia'', escreveu um usuário do Twitter. ''Que decepção! Tinha certeza de que era efeito de edição e de que você não tinha sido cúmplice... Mas, não! É fita crepe mesmo, escondendo a estrela vermelha'', criticou um fã na página do cartunista.
 
''Cara, não adianta agora 'posar' de 'garoto rebelde'. Tu abaixou a cabeça para a TV Globo com uma subserviência nunca vista. Que nojo! Honre suas calças, rapaz! Fitinha crepe para esconder a estrela vermelha'', disse, ainda, outro. 
 
 
Gabriel Bá, que, ao lado irmão, criou a série 10 pãezinhos, nos anos 2000, ainda não se pronunciou sobre o ocorrido nas redes sociais. A assessoria de imprensa da Globo afirma que está apurando o caso com a produção do programa e deve se pronunciar em breve.

Os premiados quadrinistas conversaram com Bial, dentre outros temas, sobre a adaptação que fizeram de Como falar com garotas em festas, livros do escritor norte-americano Neil Gaiman. ''Você não aprende a interagir com outras pessoas, você tem uma relação inabalável. Claro que tínhamos amigos, mas era uma relação mais fraca em relação à nossa bolha.
Éramos muito tímidos. Falar com meninas sempre foi um problema. A gente ensaiou muito em histórias coisas que a gente não tinha coragem de fazer na vida real'', disse Bá. 
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