Moscou – Cem anos depois da Revolução Bolchevique, a televisão russa exibirá série sobre uma de suas figuras mais controversas: Leon Trótski, fundador do Exército Vermelho, assassinado por agentes de Stalin no México. No início de novembro, a rede pública russa Pevry Kanal transmitirá os oito episódios de Trótski, apresentada recentemente durante o Mipcom, projeto voltado para o mercado internacional de conteúdos audiovisuais, realizado em Cannes.
“É a primeira série dedicada a Trótski na história da Rússia”, ressaltou Konstantin Ernst, diretor-geral da Pevry Kanal. No Mipcom, ele se reuniu com potenciais compradores, como a americana Netflix. “Ao contrário de Lênin, Trótski se parecia com um herói do rock: fuga da prisão, revolução, amor, exílio e morte”, destacou.
Brilhante orador e teórico marxista, Leon (Lev, em russo) Trótski foi um dos principais instigadores, junto com Lênin, da Revolução de Outubro de 1917. Também foi o fundador do Exército Vermelho e um dos artífices do primeiro plano da vitória dos bolcheviques na guerra civil russa de 1918-1921.
Trótski se opunha a Stalin, que fez com que ele fosse expulso do governo e do Partido Comunista e, depois, da União Soviética. O exilado acabou se instalando no México, em 1937, onde um agente de Stalin o assassinou em 1940.
Interpretado pelo popular ator russo Konstantin Khabenski, um Trótski envelhecido conversa, no primeiro episódio, com um jornalista canadense em sua casa no México. Trata-se, na verdade, do espião espanhol Ramón Mercader, enviado por Stalin para assassiná-lo.
A “mensagem” da série é que “não se deve forçar as pessoas a ir para as ruas” e que “toda revolução significa derramamento de sangue” – recado compatível com a linha oficial do Kremlin, reticente a comemorar o centenário da Revolução de Outubro de 1917. (AFP)
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Brilhante orador e teórico marxista, Leon (Lev, em russo) Trótski foi um dos principais instigadores, junto com Lênin, da Revolução de Outubro de 1917. Também foi o fundador do Exército Vermelho e um dos artífices do primeiro plano da vitória dos bolcheviques na guerra civil russa de 1918-1921.
Trótski se opunha a Stalin, que fez com que ele fosse expulso do governo e do Partido Comunista e, depois, da União Soviética. O exilado acabou se instalando no México, em 1937, onde um agente de Stalin o assassinou em 1940.
Interpretado pelo popular ator russo Konstantin Khabenski, um Trótski envelhecido conversa, no primeiro episódio, com um jornalista canadense em sua casa no México. Trata-se, na verdade, do espião espanhol Ramón Mercader, enviado por Stalin para assassiná-lo.
A “mensagem” da série é que “não se deve forçar as pessoas a ir para as ruas” e que “toda revolução significa derramamento de sangue” – recado compatível com a linha oficial do Kremlin, reticente a comemorar o centenário da Revolução de Outubro de 1917. (AFP)