Você se inspirou em alguma vilã para interpretar a Irene de A força do querer?
A gente tem vilãs maravilhosas na nossa dramaturgia. Desde a Adriana (Esteves), com quem trabalhei em Avenida Brasil (2012), até a Renata Sorrah, que fez a Nazaré em Senhora do destino (2004/2005). Mas não fico me ligando a isso.
Irene escolhe seduzir o Eugênio por ele ser um alvo fácil?
Sim, ela escolhe o Eugênio porque ele é um homem frágil. Isso é dito já no texto. Ela percebe a carência dele. É uma mulher que gosta de conquistar. Parece até que tem alma masculina, porque precisa fazer com que essa pessoa se apaixone por ela. Então, arma para ficar com aquele homem. E aí não importa se ele é casado ou não.
A personagem guarda segredos. Do que ela será capaz?
A Irene pode ser capaz de tudo. Mas também pode não ir por esse caminho e ser apenas uma mulher que luta pelo que quer. Quantas mulheres não são assim? Claro que podem ou não duvidar do caráter dela, mas a gente não conhece a fundo para julgar.
O que mudou na Débora entre O clone e A força do querer?
O amadurecimento traz consequências muito boas para nós, atrizes, e para as mulheres em geral. A gente fica um pouco mais relaxada para trabalhar, diverte-se mais. Em O clone, eu era mais jovem, claro que existe um frescor daquilo que está acontecendo pela primeira vez. Mas, por outro lado, a gente amadurece e consegue aproveitar mais o trabalho.
Foi bom passar cinco anos longe das novelas?
Não fiz novela nesse período, mas estive em duas séries: Dupla identidade (2014) e Nada será como antes (2016). Novela é uma saga mesmo. Você se prepara para ficar um ano em função daquilo. Aconteceu dessa forma e foi muito bom, porque Avenida Brasil marcou muito. Para mim, foi interessante logo depois pegar uma personagem tão diferente como a Ray de Dupla identidade. Depois veio a Verônica, que contava a história da televisão numa série que adorei fazer. Fora isso, fiz cinema e sempre trabalhei com minha companhia de teatro.
Você nunca deixa de fazer teatro?
Como a companhia é minha, nunca deixei de fazer teatro.
QUATRO MOMENTOS
» 2001 Novela O clone
» 2012 Novela Avenida Brasil
» 2014 Peça Contrações
» 2016 Novela Nada será como antes
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