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Violência e mentira conduzem minissérie britânica 'Apple Tree Yard'

Caso extraconjugal e estupro são alguns temas da trama

Diário de Pernambuco
Produção é estrelada por Emily Watson. - Foto: BBC/Divulgação
Uma geneticista bem-sucedida tem relações sexuais com um homem desconhecido no Palácio de Westminster. A premissa da minissérie Apple tree yard parece ser improvável. Contudo, o desdobramento do caso caminha para questões interessantes sobre a mulher. Em quatro episódios, a produção britânica estreou nessa terça-feira (17), no Fox Premium 1, às 22h.
 
Baseada no romance de Louise Doughty publicado em 2013, a história é protagonizada por Emily Watson na pele de Yvone Carmichael, uma referência profissional, mãe de dois filhos adultos e com um casamento feliz. As consequências da traição despertam interesse à medida que a protagonista - até então com a vida aparentemente perfeita - envolve-se em um círculo de mentiras e violência.
 
Nas entrelinhas do enredo de suspense, a produção transita por assuntos fortes e delicados sobre a mulher, como liberdade sexual e estupro. A repercussão do ato extraconjugal mostra danos causados na vida de Carmichael. Ela acredita que Mark Costley (Ben Chaplin) é agente do serviço secreto, apesar de ele afirmar ser consultor de segurança do Parlamento. Exibida em janeiro deste ano pela BBC2, a cena do estupro causou discussão e foi considerada chocante pela imprensa.
 
Após o envolvimento com o homem misterioso, a personagem de Watson é estuprada no fim do primeiro episódio por um estudante.
A reação dela é um reflexo da postura adotada por vítimas da vida real, que preferem não denunciar. Carmichael tem receio de que o estupro seja exposto e que ela passe a ser vista como uma “vítima”. Sem perceber, ela associa a traição ao caso de estupro. Com medo de que o marido descubra a deslealdade, ela aproveita da aproximação com Costley para se proteger e se vingar do estuprador, uma pessoa próxima a ela. .