Gilberto Gil participou do programa Conversa com Bial, apresentado pelo jornalista Pedro Bial, na Globo, da última segunda-feira, 08, e falou sobre sua relação com a morte.
O apresentador comentou que, em 2016, passou alguns dias no hospital e, num quarto ao lado, estava Gil - que ficou internado por quase cem dias. Apesar de não chegarem a se encontrar, os dois comentaram que a morte passou pela cabeça de ambos. ''A finitude é uma coisa com a qual a gente tem que lidar'', disse.
''A morte é rainha, depois que ela reina, a gente não se mete'', concluiu Gil aos 75 anos. O cantor e compositor baiano também comentou sobre o nome dado à música Não tenho medo de Morrer, escrita devido à biópsia no coração à qual foi submetido. ''Ainda é muito difícil para qualquer um de nós lidar com a morte, com esse desaparecimento da pessoa'', disse.
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Em seguida, o cantor entoou os versos da canção e reafirmou a sua relação com o fim da vida: ''Não tenho medo da morte, mas sim medo de morrer''. Filho de pai médico, ele explicou seu entendimentou sobre o tema já na infância. ''Eu tinha logo cedo uma percepção de que aquilo [a morte] fazia parte da vida'', disse.
Embora não se preocupe com a morte, Gilberto Gil revelou que sua única inquietação em relação à hora de partir é o bem-estar de seus sete filhos. Para isso, resolveu já encaminhar um testamento. ''Já estou preparando, em respeito aos meus filhos. Mas não me inclinei ainda a decidir enterro, cremação e etc.'' Questionado sobre o que deseja, revelou: ''Tanto faz''.