Na noite da última quarta-feira, 5, o programa Saia justa, exibido pela canal pago GNT, promoveu uma edição especial sobre o caso de assédio sexual envolvendo o ator José Mayer e a figurinista Su Tonani. Astrid Fontenelle, Mônica Martelli, Taís Araújo e Pitty debateram sobre a campanha #ChegaDeAssédio, criada por funcionárias da TV Globo após o episódio.
Em determinado momento, Taís relatou como a mobilização começou. ''Uma das coisas mais importantes foi que esse movimento começou dentro dos Estúdio Globo com uma produtora chamada Catarina Rangel, que viu a notícia, fez um grupo no WhatsApp com 15 pessoas e, em poucas horas, tinha 200 e não sei quantas pessoas, migrou para o Facebook'', conta. A atriz também disse que o movimento ganhou projeção por conta das famosas que aderiram a ele. ''O que fizemos foi dar as mãos a essas mulheres e falar 'estamos juntas, vamos juntas'''.
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O início do programa mostrou as quatro integrantes nos bastidores, vestindo a camiseta da campanha com os dizeres: ''Mexeu com uma, mexeu com todas''. ''Uma elogio a mais, uma mão na perna: o cotidiano das mulheres que trabalham, com relação ao assédio, é bem puxado'', disse a apresentadora Atrid Fontenelle. ''Uma situação humilhante para uma profissional e para todas as mulheres foi colocada em discussão, exposta a todos os julgamentos. A união, nesse caso, foi a força. A sororidade, solidariedade entre as mulheres, é o tom da luta pela igualdade de gêneros, direitos e afins''.
Aos serem questionadas por Astrid sobre seus posicionamentos, as outras integrantes reiteraram o apoio à campanha e lembraram episódios de assédio e abuso que vivenciaram. ''Assédio é tão normatizado na sociedade que acho que muitas mulheres nem percebem que passaram ou que estão passando, ou que ainda infelizmente passarão por uma situação de assédio'', argumentou Pitty. A cantora disse que as pessoas precisam parar de chamar assédio de brincadeira. ''Brincadeira é quando duas pessoas se divertem. Quando só uma se diverte às custas da outra, é humilhação, assédio, abuso. Brincadeira é via de mão dupla, assédio é mão única'', finalizou.