O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escolheu Procurando Dory como o primeiro filme para assistir na Casa Branca. A animação foi exibida no sábado, 28, um dia após de assinar o decreto que impede imigrantes de sete países de entrar no país.
Diante da situação, a apresentadora Ellen DeGeneres, que dublou a peixinha Dory na versão original, resolveu comentar a escolha do presidente em seu programa, The Ellen DeGeneres Show. Para não politizar, ela optou por falar sobre o enredo do desenho, como analogia.
"Dory vive na Austrália e os pais dela vivem na América. Eu não sei qual a religião deles, mas o pai dela parece ser judeu. Enfim, não importa", diz Ellen lembrando que a personagem principal do filme é uma imigrante.
"Dory chega à América com seus amigos Marlin e Nemo, e ela acaba no instituto de vida marinha, atrás de um grande muro. Todos eles têm de passar sobre o muro. E, vocês não vão acreditar, mas aquele muro não evita que eles entrem no país", ironiza a apresentadora, em referência ao muro que Trump pretende construir entre os EUA e o México.
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"Mesmo entrando na América, Dory acaba separada de sua família. Mas outros animais ajudam Dory, animais que nem conhecem ela, animais que não tem nada em comum com ela. Eles a ajudam mesmo sendo de cores completamente diferentes. Porque é isso que você faz quando sabe que alguém precisa, você ajuda", completa.
"Então, é isso que espero que todos que assistiram Procurando Dory tenham aprendido", conclui a apresentadora.
Ellen ainda mencionou os protestos desencadeados pelo decreto do presidente em exercício. Albert Brooks, a voz do peixe Merlin, também comentou sobre o assunto em suas redes sociais. "Estranho o Trump estar assistindo Procurando Dory hoje, um filme sobre reencontrar a família, algo que ele está evitando na vida real", escreveu em seu Twitter.
Odd that Trump is watching Finding Dory today, a movie about reuniting with family when he's preventing it in real life.
%u2014 Albert Brooks (@AlbertBrooks) 29 de janeiro de 2017