Ficou duas semanas na edição de 2004
São 13 anos depois de uma passagem relâmpago pelo programa. “É um assunto que ainda incomoda, pois você é lembrado por algo que fez um mês de sua vida”, afirma Eduardo. Ele não gosta de falar do assunto, por achar que a questão não lhe diz mais nada. “Foi a experiência de um menino de 23 anos que não tinha nada a perder”, afirma ele, hoje com 37 e trabalhando no mercado financeiro. Tampouco participaria novamente, ainda que não tenha se arrependido da experiência. “Naquele momento foi bom, mas hoje sou um homem com outras ideias. Além de tudo, não havia essa exposição de rede social. O programa se perdeu. Na época ele era considerado legal, era uma novidade.” E foi também naquele período que Eduardo viveu seus 15 minutos de fama. “Foi divertido
Ficou uma semana na edição de 2012
Ela não tem um aparelho de TV em casa, nem tinha na época que foi selecionada para o BBB. Analice cursava Ciências Sociais na UFMG e comandava um bar/espaço cultural (Oliver, no Santo Antônio, na ativa até hoje). Virar celebridade não estava definitivamente em seus planos.“Minha intenção era escrever sobre o público e o privado, a celebrização instantânea. Eu tinha uma ideia do que era, mas ninguém fala para a gente antes. É um processo massacrante e se você não tem preparo, fica realmente perdido. Quando saí, tive um choque”, comenta ela, hoje com 31 anos. É autora da monografia É menos falso do que parece, sobre o BBB. Passados cinco anos desde a curta temporada, Analice afirma que não teve ganhos reais com a participação. “A Globo não te paga nada e o que se ganha depois é com evento. Fiz alguns, mas não faço parte do perfil do público que consome Big brother, estou um pouco à margem. E nem tenho paciência para isto”, acrescenta ela, que volta e meia topa com alguém observando-a. “Sabe aquele que sabe que te conhece mas não sabe de onde?”
Ficou 11 semanas na edição de 2012
O representante comercial de 51 anos não titubeia em responder: participaria novamente do BBB. Se depositassem, só pela participação, R$ 1,5 milhão em sua conta bancária antes de entrar na casa. “Eu nunca quis ser famoso, entrei por causa da grana. Mas foi uma loucura o tempo (76 dos 84 dias do programa) lá dentro.” Uma vez fora, admite, teve que aprender a conviver com as consequências. “Para ser sincero, no princípio gostaria que a vida voltasse ao normal. Mas a notoriedade é muito grande e você não pode ser mal educado com as pessoas, pois invadiu a casa delas no horário nobre. Mas tem hora que enche o saco.” Como representante de marcas de roupas, ele, logo ao sair do programa, aumentou o número delas em seu showroom. Ainda participou de vários eventos, o que “automaticamente aumentou a minha renda”. Mas o que ele deve realmente ao BBB foi a aproximação com a família – “Não tinha contato com sobrinhos e primos, era só minha mãe e meus irmãos” – e um aprendizado para o resto da vida. “Estar aqui fora é muito mais bacana do que qualquer dinheiro do mundo.”
Vencedora da edição de 2013
Única mineira a vencer o BBB, a advogada de 30 anos hoje se denomina apresentadora de TV (comandou programas de gastronomia e estilo na Globo Minas), influenciadora digital (tem 1 milhão de seguidores no Instagram) e youtuber (prepara-se para lançar um canal próprio neste semestre). Depois de vencer o programa, Fernanda deixou BH. Passou uma temporada no Rio de Janeiro e depois foi para São Paulo, onde vive atualmente. Com o R$ 1,5 milhão que levou pelo programa, ajudou a família e fez sua carreira decolar (como todo ex-BBB que conseguiu estender a fama conquistada no programa, marca presença em eventos comerciais). Não mudaria em nada sua participação no programa. Mas acha que o tempo no reality ficou para trás. “Eu já cumpri meus objetivos com o programa, por isto não voltaria a ele.”
Ficou 10 semanas na edição de 2015
O poeta do Big brother toma cuidado com as palavras ao falar de sua rotina pós-programa. A vida profissional se abriu “um pouco”; as possibilidades “afetivas e sexuais” tiveram uma “pequena melhora”. Aos 42 anos, Adrilles afirma que as coisas têm dado “quase certo”. “Sou uma espécie de curto-circuito no padrão estereotipado de ‘ex-BBB garotão e descolado’.” Sem se encaixar no modelo dominante, ele afirma que tem se colocado “atropeladamente” onde pode. Mas já conseguiu alguma coisa. Lançou um livro de poesia, trabalhou num portal e fez palestras. Pretende lançar outro livro e busca captar recursos para um projeto de popularização da poesia (uma espécie de sarau-palestra) aprovado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Se mudaria alguma coisa? “Fui o único eliminado por excesso de caráter, por ser fiel a um princípio de amizade e confiança. Não mudaria meus princípios por estratégias escorregadias . Em suma: não mudaria minha essência.”
Desclassificada após seis semanas na edição de 2016
A jornalista de 35 anos voltou a BH nesta semana, depois de rodar por 32 dias com a mesma mala. Foi de Jericoacoara (Ceará) a Florianópolis (Santa Catarina), passando por Camboriú, Navegantes e SP. Ela ainda vive em BH, mesmo que passe menos tempo aqui. “Só saio quando tiver que trabalhar mais do que quatro dias na mesma cidade. Se não, os contratantes pagam tudo, passagem, hotel 5 estrelas...” Ana Paula só ganhou ao se expor ao extremo, tornando-se a barraqueira da edição 2016 do reality. “Era um programa falido, sem audiência significativa e há anos nenhum ex-BBB virava a carreira”, diz. No ano passado, ela foi repórter do Video show, fez uma participação em Haja coração e em programas do Multishow. Depois da Globo, assinou com o SBT e acaba de estrear uma coluna no portal UOL como ...comentarista do BBB 17. Lida bem com o assédio (“Hoje saí de cabelo molhado, sem maquiagem e com a cara cansada, igual gente normal, e tirei muita foto”), mas não com o rótulo de celebridade – ou sub. “Fui participante de um programa de visibilidade nacional. O que fiz para ser famosa? Nada, ainda.”