“Pode avisar ao pessoal de BH que estou com um projeto de teatro. Quem sabe eles não me convidam para apresentar aí? Por incrível que pareça, nunca fui a Belo Horizonte!” Quem dá o recado é a atriz carioca Maria Flor. No ar na trama das 21h, A lei do amor, como a DJ Flávia, a artista tem passagens importantes na televisão e no cinema, mas, curiosamente, nunca subiu aos palcos.
Após acompanhar o processo criativo da peça Nômades, estrelada por Mariana Lima, Andrea Beltrão e Malu Galli, Maria Flor decidiu fazer um documentário sobre a produção. “Neste momento, estou na ilha de edição montando esse projeto. O nome do documentário é Atrizes e acabou que, com essa convivência, me envolvi mais com o teatro. Nunca fiz e tenho muita vontade de fazer. Já tenho algo meio engatilhado, mas a dificuldade de fazer teatro no Brasil é muito grande”, pontua.
O espetáculo que pretende encenar é Marion bridge, do canadense Daniel MacIvor, e conta a história de três irmãs completamente diferentes que se reencontram após um bom tempo. A montagem é do mesmo autor da premiada In on it, protagonizada nos palcos brasileiros por Enrique Diaz e Emílio de Mello. “É um texto muito bacana e tem um lado bem família. Apesar de se passar no interior canadense, acho que tem algo bem mineiro nele também”, opina.
A atriz, que chegou a pensar em ser bailarina, estreou na TV em 2003, em Malhação. Seu primeiro papel em novelas, a Tina de Cabocla (2004), até hoje é lembrada pelos fãs. Além de Camila, no remake de O rebu (2014), e de Aline (2008-2011), em que fez o papel-título no seriado global.
No cinema, Maria Flor também tem uma carreira sólida e participou dos projetos Chega de saudade (2008), O bem amado (2010), A suprema felicidade (2010) e Xingu (2012). Entre os destaques, ela cita Proibido proibir (2007), do diretor chileno Jorge Durán, em que vive um triângulo amoroso com os personagens de Caio Blat e Alexandre Rodrigues. “Foi um filme que me marcou muito. Quem viu realmente se emocionou”, recorda.
PEQUENO SEGREDO
No entanto, é seu último trabalho na telona que vem chamado a atenção, e mais ainda, provocado polêmicas. Pequeno segredo, de David Schürmann. O filme, escolhido após uma conturbada e acirrada disputa com Aquarius para ser o representante brasileiro na disputa pelo Oscar, cativou Maria Flor desde o princípio. No longa, ela vive Jeanne, a mãe de Kat, menina adotada pelos Schürmann. “Quando li o roteiro, achei incrível e me deu muita vontade de fazer. Cheguei a ler o livro e me envolvi bastante com a personagem, ainda mais que rodamos no Pará, a terra dela. Em uma das pré-estreias, a irmã da Jeanne se aproximou de mim, me deu um grande abraço e disse: ‘Muito obrigada por trazer um pouco da minha irmã’. Foi bem emocionante”, lembra a atriz, que repetiu no filme a atuação em inglês, como em 360 (2012), filme de Fernando Meirelles. “É menos fluido e confortável atuar em outro idioma, mas acho que o fato de estarmos acostumados com o cinema americano e britânico ajuda um pouco”, afirma.
Para ela, o “segredo” de Pequeno segredo é sua história marcante e bonita. Ela admite que até já imaginou ver a produção tentando uma vaga na academia de Hollywood. “É uma história atraente, verídica e penso que a comissão deve ter achado que o filme é realmente a cara do Oscar por toda a sua fotografia e pelo próprio enredo. Eu não esperava toda essa disputa com Aquarius. Mas já que ele foi o selecionado, é claro que eu ficaria muito feliz em vê-lo disputar a estatueta. Já até brinquei com isso, mas não dá para ficar criando muita expectativa”, diz.
Além de estar envolvida na divulgação de Pequeno segredo, na montagem do documentário Atrizes e na novela das 21h, Maria Flor – que é sócia de sua mãe, a roteirista e diretora Marcia Leite, na produtora Fina Flor Filmes –, também tenta viabilizar o filme Do amor, inspirado na série homônima exibida no Multishow. “O bacana da minha profissão é essa relação com as pessoas. Seja na TV, que te dá mais visibilidade e começam a te reconhecer, ou no set, onde a relação é intensa e íntima não só com quem você está trabalhando, mas com quem te assiste. Na novela, o ritmo é mais acelerado, mas é interessante mesmo assim. E no cinema o processo de criação é mais bonito. O que me atrai é a relação com o outro e com os outros”, resume.
A filha de Claudia Raia
Quem estava acostumado com os cabelos longos e os cachos de Maria Flor chega a se assustar com o novo visual da atriz. De cabelos curtos, no estilo Joãozinho, o look se encaixou como uma luva para a personagem de A lei do amor, uma DJ bem descolada. A atriz conta que não foi proposital cortar os cabelos, mas após os desgastes no couro cabeludo por conta de apliques e muita química, ela decidiu inovar. “Meu cabelo estava podre. E decidi que queria mudar mesmo. Nunca tinha cortado tão curto, mas gostei muito. Me dá uma liberdade, ainda mais agora com o verão chegando. É muito mais prático de cuidar”, justifica.
Quando Bruna Bueno, produtora de elenco da trama de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari a viu, a convidou para fazer Flávia. “O visual combinou bem com o papel. Estou adorando interpretar uma DJ. Cheguei a fazer laboratório com dois amigos, para entender mesmo como funcionam aqueles equipamentos. Brinco que já podem até me convidar para discotecar”, celebra.
Maria afirma que tem se divertido com a novela e ressalta que um dos pontos mais positivos da personagem é a convivência com Claudia Raia, que faz Salete, sua mãe. “É todo um glamour. Claudia dá muitas dicas, a gente troca muito em cena. É maravilhoso trabalhar com ela”, elogia. Nos próximos capítulos, Flávia vai passar a comandar as picapes no posto de gasolina comandado pela mãe e o lugar vai se tornar um point na noite da fictícia cidade de São Dimas. “A Flávia é uma menina muito justa, muito aberta e nada moralista. E agora o público vai conhecer realmente esse lado mais de DJ dela. O posto vai virar um lugar de balada. Vai ser bem legal.”
Após acompanhar o processo criativo da peça Nômades, estrelada por Mariana Lima, Andrea Beltrão e Malu Galli, Maria Flor decidiu fazer um documentário sobre a produção. “Neste momento, estou na ilha de edição montando esse projeto. O nome do documentário é Atrizes e acabou que, com essa convivência, me envolvi mais com o teatro. Nunca fiz e tenho muita vontade de fazer. Já tenho algo meio engatilhado, mas a dificuldade de fazer teatro no Brasil é muito grande”, pontua.
O espetáculo que pretende encenar é Marion bridge, do canadense Daniel MacIvor, e conta a história de três irmãs completamente diferentes que se reencontram após um bom tempo. A montagem é do mesmo autor da premiada In on it, protagonizada nos palcos brasileiros por Enrique Diaz e Emílio de Mello. “É um texto muito bacana e tem um lado bem família. Apesar de se passar no interior canadense, acho que tem algo bem mineiro nele também”, opina.
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No cinema, Maria Flor também tem uma carreira sólida e participou dos projetos Chega de saudade (2008), O bem amado (2010), A suprema felicidade (2010) e Xingu (2012). Entre os destaques, ela cita Proibido proibir (2007), do diretor chileno Jorge Durán, em que vive um triângulo amoroso com os personagens de Caio Blat e Alexandre Rodrigues. “Foi um filme que me marcou muito. Quem viu realmente se emocionou”, recorda.
PEQUENO SEGREDO
No entanto, é seu último trabalho na telona que vem chamado a atenção, e mais ainda, provocado polêmicas. Pequeno segredo, de David Schürmann. O filme, escolhido após uma conturbada e acirrada disputa com Aquarius para ser o representante brasileiro na disputa pelo Oscar, cativou Maria Flor desde o princípio. No longa, ela vive Jeanne, a mãe de Kat, menina adotada pelos Schürmann. “Quando li o roteiro, achei incrível e me deu muita vontade de fazer. Cheguei a ler o livro e me envolvi bastante com a personagem, ainda mais que rodamos no Pará, a terra dela. Em uma das pré-estreias, a irmã da Jeanne se aproximou de mim, me deu um grande abraço e disse: ‘Muito obrigada por trazer um pouco da minha irmã’. Foi bem emocionante”, lembra a atriz, que repetiu no filme a atuação em inglês, como em 360 (2012), filme de Fernando Meirelles. “É menos fluido e confortável atuar em outro idioma, mas acho que o fato de estarmos acostumados com o cinema americano e britânico ajuda um pouco”, afirma.
Para ela, o “segredo” de Pequeno segredo é sua história marcante e bonita. Ela admite que até já imaginou ver a produção tentando uma vaga na academia de Hollywood. “É uma história atraente, verídica e penso que a comissão deve ter achado que o filme é realmente a cara do Oscar por toda a sua fotografia e pelo próprio enredo. Eu não esperava toda essa disputa com Aquarius. Mas já que ele foi o selecionado, é claro que eu ficaria muito feliz em vê-lo disputar a estatueta. Já até brinquei com isso, mas não dá para ficar criando muita expectativa”, diz.
Além de estar envolvida na divulgação de Pequeno segredo, na montagem do documentário Atrizes e na novela das 21h, Maria Flor – que é sócia de sua mãe, a roteirista e diretora Marcia Leite, na produtora Fina Flor Filmes –, também tenta viabilizar o filme Do amor, inspirado na série homônima exibida no Multishow. “O bacana da minha profissão é essa relação com as pessoas. Seja na TV, que te dá mais visibilidade e começam a te reconhecer, ou no set, onde a relação é intensa e íntima não só com quem você está trabalhando, mas com quem te assiste. Na novela, o ritmo é mais acelerado, mas é interessante mesmo assim. E no cinema o processo de criação é mais bonito. O que me atrai é a relação com o outro e com os outros”, resume.
A filha de Claudia Raia
Quem estava acostumado com os cabelos longos e os cachos de Maria Flor chega a se assustar com o novo visual da atriz. De cabelos curtos, no estilo Joãozinho, o look se encaixou como uma luva para a personagem de A lei do amor, uma DJ bem descolada. A atriz conta que não foi proposital cortar os cabelos, mas após os desgastes no couro cabeludo por conta de apliques e muita química, ela decidiu inovar. “Meu cabelo estava podre. E decidi que queria mudar mesmo. Nunca tinha cortado tão curto, mas gostei muito. Me dá uma liberdade, ainda mais agora com o verão chegando. É muito mais prático de cuidar”, justifica.
Quando Bruna Bueno, produtora de elenco da trama de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari a viu, a convidou para fazer Flávia. “O visual combinou bem com o papel. Estou adorando interpretar uma DJ. Cheguei a fazer laboratório com dois amigos, para entender mesmo como funcionam aqueles equipamentos. Brinco que já podem até me convidar para discotecar”, celebra.
Maria afirma que tem se divertido com a novela e ressalta que um dos pontos mais positivos da personagem é a convivência com Claudia Raia, que faz Salete, sua mãe. “É todo um glamour. Claudia dá muitas dicas, a gente troca muito em cena. É maravilhoso trabalhar com ela”, elogia. Nos próximos capítulos, Flávia vai passar a comandar as picapes no posto de gasolina comandado pela mãe e o lugar vai se tornar um point na noite da fictícia cidade de São Dimas. “A Flávia é uma menina muito justa, muito aberta e nada moralista. E agora o público vai conhecer realmente esse lado mais de DJ dela. O posto vai virar um lugar de balada. Vai ser bem legal.”